O caso relacionado com a Artave, esparramando-se na comunidade educativa e, também, na de Santo Tirso e na da Região, com a suspensão do Director dessa Escola de Artes e Música, do universo da Artemave – Associação de Promoção das Artes e Música do Vale do Ave – obriga-me a tecer alguns comentários.
Num primeiro plano, tive dificuldade em acreditar que o Director de um estabelecimento de ensino, com pergaminhos, tivesse sido um cidadão com uma conduta pouco abonatória do ponto de vista educacional, pedagógico e, ainda, humano. Diz quem sabe que o senhor era execrável e manipulava as pessoas, ao ponto de muitos professores lhe prestarem vassalagem. Diz quem teve a infelicidade de lidar com ele que a sua prepotência extravasava a própria Artave. Ele espalhava medos, o que lhe valia ter tudo na mão, tornando-o poderoso e figura impoluta.
Já havia montes de queixas, mas caiam em saco roto. Um dos professores do arco do Direcor, ora suspenso, abusava de palavreado obsceno e pouco didáctico nalgumas aulas, segundo relatados de alunos/as. Tudo foi silenciado e engavetado, à boa maneira de uma sociedade fechada, redomizada e pouco dada ao escrutínio de quem é responsável por Instituições e/ou Entidades que vivem de financiamentos do Estado, dos dinheiros públicos, de todos nós.
Mas dizem-me, pessoas – docentes, alunos e pais – que o actual Director-Geral do Colégio das Caldinhas, um Padre Jesuíta, teve imensa coragem ao suspender essa figura que era detestada pela grande maioria da comunidade da Artave.
Temos relatos de pais, um deles divulgado hoje, nas páginas do nosso jornal online, que envergonham e são marca de imagem indigna para uma Escola com um sêlo de garantia das Entidades Associadas: Municípios de Famalicão e de Santo Tirso; Fundações Castro Alves e Cupertino de Miranda; Inforartis (Centro de Cultura Musical) e Colégio das Caldinhas.
Não sei se, e por razão do que se tem passado dentro e já estará a ser apurado na justiça, não seria melhor, para todos e de todos os pontos de vista, tendo como pano principal os alunos, reformular e dar uma volta à Artave, para se limpar os lixos e retocarem as mazelas que, agora, vieram à luz do dia.
Deixar, a todos, uma informação de última hora, que o Famalicão Canal TV apurou, traduzindo todo o mau estar causado por esse facto. Um deputado social-democrata de Braga deu-nos nota, preocupado, do seguinte: os subsídios para apoio às áreas da música e do teatro, assim como para as obras que estão a realizar-se numa escola da mesma Instituição, em Famalicão, correm o risco – sério – de ser suspensos.
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