Num destes últimos dias, com um casal de brasileiros, Robson e Jeane, na casa dos quarenta e tal, viajei a Coimbra para lhes mostrar a Cidade. São pais de um amigo que veio para o nosso País para trabalhar com a ideia de dar melhor educação à filha e dignidade à esposa.
Os meus convidados impressionaram-se com a qualidade dos monumentos e com a sua carga histórica, com os hospitais e, principalmente, com a área mais antiga da Universidade de Coimbra. Tocou-os, também, a limpeza das ruas, a educação das pessoas, a hospitalidade exibida por colaboradores de cafés e de restaurantes, a cedência do passo nas passadeiras e o ambiente de Coimbra. Disseram-me (cito): “respira-se urbanidade…e educação”. Mas o que mais os cativou foi a segurança.
No Brasil – quiseram sublinhar – (e cito as suas palavras): “vive-se com o medo de sermos roubados, de levarmos um tiro…de nos matarem”. No Brasil – também me disseram – as estradas estão cheias de buracos, existe pobreza, muita corrupção…e os políticos, da esquerda, do centro ou da direita são trafulhas…”. Ouvi-os, serenamente. Fui interpondo aqui e ali, com uma opinião ajustada ao tema, para os tentar esclarecer.
O nosso problema – argumentei – é a imigração em magotes, sem controlo. A esmagadora maioria – alertei-os – entra sem visto, o que pressupõe que vem sem Registo Criminal, o que acaba por catalogar Portugal como o País que tem as portas escancaradas e recebe todo o tipo de gente. Não sou – deixei-lhes bem claro – contra os imigrantes que vêm procurar a dignidade das suas vidas e melhor futuro. Sou contra quem vem, como muitos, como galo de capoeira, afirmando que tem curso de tudo e de nada, contando que vivia assim e assado, com vencimento alto e com isto e mais aquilo.
O casal, o mesmo, durante o almoço em Coimbra, no antigo CADC, hoje Justiça e Paz, esclareceu-me: “essa gente que vem e lhe diz isso é o pé descalço”. Já tive contactos com muitos pés descalços, do Brasil, de Angola, de Moçambique e de outras paragens. Uns são boa rapaziada; outros, em número reduzido, felizmente, têm baixa instrução. Não sou racista ou xenófobo. As esquerdas, como se sabe, gostam de cavalgar sobre o tema imigração, atirando pedras a quem, por cá, gostaria que as normas e regras de entrada, fossem cumpridas. Nesse domínio instalou-se a maior balda de todos os tempos.
Venham os migrantes, porque sabemos receber e não somos tão racistas como a maioria deles, dos que recebemos… Sou pela inclusão, de todos, mas com a consciência de que cidadãos de outros povos, os que se esbatem por cá nas comunidades que têm chegado ao nosso solo pátrio, devem respeitar a nossa história, a nossa cultura lusa e europeia, a nossa identidade, a nossa maneira de estar na vida… Devem respeitar, também, a nossa forma de viver, em paz, na solidariedade, na educação que nos molda. Diz o povo e bem (cito): “se vens por bem, podes entrar”. Que fique fora, quem quer vir destabilizar e dizer mal de quem os acolhe…nós, os portugueses.
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