Trago-vos, pretendendo servir-vos, uma curiosa frase, encontrada numa página de mediunismo…Para uns, um espaço transcendental, povoado de forças do domínio espiritual…Para outros, um mundo de enigmas e de coisas invisíveis. Por ventura, se bem posso perguntar, a alma de cada um de nós é visível?
Quis provocar-vos, começando este Editorial, o de hoje, Dia dedicado a Na. Sra. da Conceição, Rainha e Padroeira de Portugal, com a implicância de uma frase que vou reproduzir. Passo a citá-la: Segue em frente! Diz aos teus medos que eles não sabem nada…sobre a tua coragem.
É forte. Convida-nos a ter a capacidade pessoal, humana, espiritual e todas as outras que transportamos numa bitola de grande arcaboiço. Pessoal, humano, espiritual, sentimental, corporal e outra.
Vivemos, como sabemos, por estes tempos, de novo, com medos. Eles estão espalhados, por aí. Ao nosso lado, mais além, mais acolá, acoli, para além mar…perto e longe.
Os medos abafam, muitos, mas muitos de nós. Calam-nos, tolhem-nos vontades, refreiam-nos atitudes, tapam-nos a boca, amarfanham-nos palavras… e desfazem-nos. Deixamos de ter liberdades e de sermos homens da liberdade. Os medos espreitam-nos para se apoderarem de nós. Há muitos medos, representados por terrorismos, por grupos de pressão, por Estados, por alguns dos seus agentes, por colaboradores de serviços públicos, por senhores todo-poderosos, por donos de tudo isto… por muitos e poucos, de muita coisa e loisa. Temos medo de dizer quem somos, ao que vamos e porque chegamos…
Todos nos querem pespegar medos, de toda a espécie.
Os medos não nos convocam a ser denunciadores de práticas que derrotam as sociedades e são abusa para qualquer um… Os medos obrigam-nos a esconder-nos nas nossas tocas. Os medos atiram-nos para as fragilidades da vida. Os medos gangrenam-nos a esperança de sermos livres. Os medos matam-nos a coragem de sermos homens de voz activa, capazes de transformarmos e mudarmos a nossa família, a nossa comunidade, o nosso País e o nosso Mundo. Os medos, por vezes, acabam por tamponar as nossas denúncias, porque os actores do regime – nacional, regional e local – ficam possessos quando se fala a verdade. Os medos cativam-nos de proferirmos os nossos pensamentos. Os medos fazem-nos escravos dos outros, os que lançam anátemas para nos emparedarem na nossa alcofa de gente sem ideias…sem participação e sem coragem para nos mostrarmos, enfrentando a vida.
Escuta…é tempo para ouvires e para deixares ressoar a frase dentro ti, dentro do teu coração. E volto a citar a frase que me motivou a escrever o Editorial de hoje: “Segue em frente! Diz aos teus medos que eles não sabem nada sobre a tua coragem”. A tua coragem escondida é um hino à liberdade e à mudança. Estou a ver-te a destapares essa tua coragem…força e determinação.





















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