Já vamos a votos. No próximo dia 3 já pode exercer esse direito quem se tenha inscrito para o voto antecipado. Somos interpelados a deixar, nas urnas, a nossa preferência partidária ou, tão simplesmente, nenhuma. Democrático é ir votar, seja em A, B ou em branco, conscientemente. Temos de contribuir para re-ajustar o País. Refundá-lo, a todos os níveis.
A campanha tem sido fraca, centrando-se nos ataques pessoais dos líderes ou em respostas, em jeito de ping-pong. Numa altura em que os portugueses precisam de ser esclarecidos, para fazerem contas à vida, os políticos vão-se entretendo…mastigando palavras. Tomam-se com narrativas que já cansam e desiludem. Não se apontam caminhos de renovação ou de transformação da nossa ordem política, eleitoral, económica, social, de ensimo e de formação, de funcionalidade das instituições e por aí fora. Mudar o regime devia ser a palavra de ordem…Abaná-lo.
Temo pelos resultados, mais pelo número de abstencionistas que provocam alterações fortes… Temo que se voltem a desperdiçar, como nas anteriores eleições, 750 mil votos, numa desconsideração por quem vota. Por este tempo não se ouviu ninguém, com coragem, para se afirmar disponível para refundar a Nação. Mexer no regime instalado…
Em discurso piedoso, a cheirar a ranço, vieram os velhinhos e os reformados à baila. Quando os políticos recorrem, nas suas intervenções, aos idosos, penso que está tudo dito… Teatralizam quanto podem porque sabem que essa mancha etária é da ordem dos 3 milhões de pessoas. Atingi-los com narrativas doces e mansinhas capta muitos votos. Aumentar pensões é o prato forte da campanha. Cantigas…As sondagens, as últimas, em razão das faixas etárias, não me desmentem. Os idosos agradecem todos os piropos que lhes sejam endereçados pelos políticos…
Faltam estadistas por cá e lá por fora. A democracia e a liberdade não podem correr riscos. Mas os nossos políticos concorrem para a a fase de coma induzido que atravessa a Democracia e a Liberdade. Vamos ver no que isto vai dar… até lá, tudo de bom e do melhor para si.
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