Nesta comemoração somos interpelados a promover o bem-estar das nossas crianças. Entre alguns dos seus direitos, consagrados universalmente, somos convocados, também, a promover o Direito a Brincar, a Estudar e a Sonhar.
Criança que, no seu tempo de dar largas à sua diversão, é escravizada com trabalhos – são mais de 8 milhões no Mundo – não conseguirá desfrutar do seu presente e converter-se-á em revolta…
Criança que, e também no seu tempo, é limitada pelas circunstâncias mais adversas da vida, como não frequentar a escola, acaba por ficar acantonada no universo do seu futuro, por falta de preparação para enfrentar o mercado de trabalho, o que é cada vez mais exigente.
Criança que, e ainda no mesmo tempo, o nosso, impedimos de sonhar, torna-se incapaz de olhar em frente, de dormir percebendo o presente e de alimentar esperanças no seu futuro de homem.
As crianças, todas elas, daqui e d´além, merecem o nosso carinho, a nossa palavra e que as saibamos escutar para tentarmos perceber o que as inquieta, e lhes deixarmos afetos e os sinais do amor que temos para oferecer.
Saudemos, beijando e mostrando a nossa vontade de acolher, todas as crianças – sebentas ou airosas; negras ou brancas; com e sem tiques; gordas e magrinhas; inteligentes ou nem por isso; amorosas ou arrogantes; risonhas ou tristonhas; deficientes ou sem essa condição humana; e sedentas ou não de carinhos e de respeitos.
António Barreiros
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