Abordámos, recentemente, neste espaço – “Escaparate da Redacção”- o tema, o Crono-Urbanismo. Deixámos dito que desenvolveríamos mais o tema para que possa sensibilizar os autarcas, os técnicos, os promotores imobiliários e, também, os Cidadãos.
O conceito de proximidade, numa óptica de 15 minutos, a pé, de bicicleta ou de transportes, numa Cidade, o que quer dizer que temos de ter quase tudo perto tem de ter alguns aspectos em consideração.
Vejamos o que o famoso urbanista colombiano Carlos Moreno, docente da Sorbonne, em Paris, manifesta a esse propósito: “Consideramos 6 necessidades básicas: habitação, trabalho, mantimentos, assistência médica/saúde, educação e desporto/lazer”. E prossegue: “Como modelo de cidade de curta distância, implica o desenvolvimento de mobilidades activas e a redução de automóveis nas vias”.
O mesmo especialista pormenoriza: “Há três grandes conceitos que norteiam o desenvolvimento da Cidade de 15 Minutos: o crono-urbanismo (que é considerar tempos de deslocação e acessibilidade no planeamento urbano); a cronotopia (que configura os usos diferentes de um local dependendo da temporalidade, as suas diferentes possibilidades e usos ao longo das horas do dia); e topofilia (que trata do sentido de pertença e de apego a um determinado lugar)”.
Do que lemos, podemos reflectir que para a comunidade e para o indivíduo, as vantagens são residir numa cidade mais agradável e com pujança social e comunitária, determinando mais interacções, o que facilita a vida do dia-a-dia, ao eliminar longas deslocações para ir trabalhar ou fazer compras.
E mais consegui concluir: para o planeta existem benefícios porque se reduzem as emissões de carbono ao limitarmos o uso do automóvel, assim como melhoramos a natureza urbana. Por outro lado, convirá dizê-lo, ainda, e para a economia, projecta o crescimento e o desenvolvimento do comércio de proximidade, dado que as pessoas se mantêm na vizinhança e têm mais tempo para comprar nesses negócios.






















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