Em Portugal, temos 5 milhões e 300 mil trabalhadores, mais coisa menos cosia, no geral. Existem duas centrais sindicais: a CGTP-In e a UGT.
A primeira comunista e, a segunda, mais ligada ao centro-esquerda, ao socialismo e com franja da social-democracia. A CGTP-In e a UGT têm, segundo os últimos dados, respectivamente, 563 mil e 435 mil trabalhadores associados. Os números falam por si. A central sindical comunista tem uns 10,5% de representatividade e a do centro-esquerda por volta dos 8,5%.
As duas têm em marcha, já para 11 de Dezembro, uma greve geral. As duas, ficando aquém da maioria dos trabalhadores portugueses, fazem barulho e param o País. As duas fazem finca pé, como sói dizer-se, sobre a nova proposta de legislação laboral pelo Governo. Este não soube reunir com essas duas centrais sindicais, para perceber o que as poderia “enervar”, ou seja, quais os pontos em desacordo. As centrais sindicais, com especial relevo para a primeira, que continua com o mesmo discurso que apresentava vai para 50 anos, isto é, contra o patronato e o grande capital, apresentam um razoado de propostas incompatíveis com o que se pratica por esse Mundo fora, com excepção dos Países comunistas, onde a mão-de-obra é mal paga e não conhece regras.
Os sindicatos, em Portugal, não são um meio de defesa do futuro dos trabalhadores, como acontece na maioria das democracias Ocidentais. Explico: os sindicatos modernos recebem as quotizações dos seus associados e, uma parte dessas, cerca de 40%, são aplicadas em fundos de pensões, os quais vertem, por ocasião da aposentação, em reformas que os trabalhadores somam à da Segurança Social.
Este braço de ferro, que é exibido pelas duas centrais sindicais com pouca expressividade no mercado do trabalho, transporta-nos para, retirando uma ou outra cena vivida, para a época do PREC. Os sindicatos estavam dias e dias nas ruas para obstruírem o avanço da democracia e para abrirem caminho à tomada do poder pelo PCP. O 25 de Novembro.75, que as forças da esquerda não celebraram, recentemente, foi a libertação para nova ditadura.
Aliás, a CGTP-In, como se devem lembrar, acolitada pelo PCP, deslocou muitos dos seus militantes, de uma região para outra (exemplo: Kalidás Barreto e Judas – alentejanos – que se posicionaram na Castanheira de Pêra, onde destruíram o sector têxtil; ou o sr. Mortágua que assentou arraiais na propriedade da Torre Bela, amassando-a por completo) para destruir empresas e postos de trabalho (Sorefame, Opel e por aí fora…). Os sindicatos modernos não têm o cheiro bafiento e o disco riscado da CGTP-in.
António Barreiros – Jornalista
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