Especializada em injeção de plástico, com foco na produção de componentes para o setor automóvel, uma empresa famalicense criou um novo biomaterial produzido com caroço de azeitona e termoplástico.
“Ultrapassamos a fase de ensaios com ótimos resultados e estamos numa fase de início de produção” anunciou Manuel Carvalho, administrador da Plastifa, explicando que o processo de desenvolvimento foi feito juntamente com um parceiro “que faz a recolha do produto, de oliveiras do Alentejo, e que através da extrusão nos deixa o componente do caroço de azeitona para que o possamos misturar com polipropileno, garantindo caraterísticas de fiabilidade e qualidade que um produto desta natureza exige”.
Cem por cento biológico, já foi testado e vai ser aplicado em produtos de consumo, substituindo o uso de polímero, material derivado do petróleo, dando resposta a uma preocupação crescente com a sustentabilidade.
Além desta novidade, a administração também mencionou que, a par da preocupação com a pegada ambiental, a empresa, também, tem investido na “digitalização de todo o processo produtivo”, permitindo que o cliente consiga acompanhar o desenvolvimento do produto, no momento em que efetua encomenda “até à saída da fábrica”.
Na passada quarta-feira o chefe da municipalidade famalicense visitou aquela empresa e referiu que “é mais uma empresa de sucesso que reflete o potencial inovador e criador do nosso território”. Mário Passos disse, também, que esta empresa “representa bem a evolução do tecido produtivo do concelho, que hoje assenta num paradigma de investigação e desenvolvimento de produto, e não apenas na sua produção”.
Com uma nova unidade em Requião, com cerca de 4 anos, esta empresa famalicense tem planos para ampliar a mesma nos próximos dois.
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