Foi “uma decisão errada”, a opinião é do PS de Famalicão quanto à decisão do veto à proposta apresentada para alargar a oferta atual e passar a disponibilizar, também aos alunos do 3º ao 4º ano de escolaridade, os cadernos de atividades de todas as disciplinas.
Em comunicado enviado à nossa redação, aquele partido refere que para o socialista Sérgio Cortinhas, a reprovação da proposta pela coligação PSD/CDS-PP “é incompreensível e errada pois vai contra o interesse e necessidades pedagógicas dos alunos, das famílias e dos docentes”. A mesma figura do PS acrescentou que o voto contra da maioria camarária põe em causa a democraticidade do ensino e a igualdade de oportunidades. Afirmou, ainda, que o uso de recursos pedagógicos impressos é importante porque “nem todos têm acesso generalizado aos recursos digitais”, sendo consensual na comunidade científica e pedagógica que “o uso de manuais e cadernos de atividades impressos facilita o desenvolvimento pedagógico e cognitivo, a inteligência prática e a inteligência linguística das crianças”.
A este propósito, Sérgio Cortinhas deixou uma crítica contundente à política educativa da Câmara de Vila Nova de Famalicão: “há uma reflexão e um debate na sociedade sobre a eficácia do uso generalizado e contínuo de ferramentas digitais na sala de aulas. O governo português anunciou em setembro um travão ao processo de adoção de manuais digitais, a Suécia anunciou recentemente deixar de lado o digital nas escolas e regressar ao ensino baseado em livros, porque o digital diminui as competências de leitura e escrita dos alunos”.
Este socialista concluiu que, “o Presidente da Câmara de Famalicão está desfasado da realidade”.
Quanto à digitalização no setor da educação, há quem concorde, mas há, também, quem discorde desta implementação, no ensino básico (primeiros anos de escolaridade).
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