Manifestantes acamparam hoje, 5.a feira, em Braga, frente às instalações do Banco de Portugal, para denunciarem a presente situação de aumento das taxas de juros no crédito à habitação e, também, no rombo que essa realidade pode acarretar a quem tem apoios das Instituições financeiras.
O Movimento “Os mesmos de sempre a pagar” pretenderam, com essa sua acção, demonstrar a sua indignação perante a passividade do governo relativamente à especulação imobiliária e aos lucros dos bancos.
A situação de muitos cidadãos, que solicitaram crédito à habitação, está a asfixiá-los, em razão da inflação que se vive e não só. Um exemplo, tomando por base o que esse Movimento revela, entre outros: “Ana Francisca Monteiro denunciou que, até Setembro passado, pagava ao banco uma prestação de 352,22€, tendo a mesma sido aumentada nessa altura para 472,74€ e que, na próxima actualização, pode chegar a um valor de cerca de 800€ se o governo não tomar medidas. Trata-se de um crédito de 150 mil euros, a 40 anos”. Esta realidade, transmite situações verdadeiramente dramáticas para milhares e milhares de famílias, confrontadas com a ameaça de ficarem sem tecto, à mercê dos bancos que têm a faca e o queijo na mão.
O mesmo Movimento comenta: “É a banca que deve suportar o aumento das taxas de juro e não as famílias”. E adianta: “Ontem, a Assembleia da República discutiu esta possibilidade, mas a maioria dos deputados rejeitou”.
De deixar sublinhado que os principais bancos, em Portugal, lucraram 1,89 mil milhões de euros, só nos primeiros nove meses do ano passado, o que se traduz num crescimento superior a 80 por cento, face a igual período do ano anterior.
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