“Anda para aí, no seio do nosso Concelho, um levantamento de palavras, arremessando-se “pedras”, de um lado para o outro, por causa do nível de escuta, dos radio-ouvintes.
São duas Rádios do nosso meio, do espectro da TSF/telefonia sem fios. Uma, veio dizer, inserindo nas suas “folhas” noticiosas, postando os níveis de escuta, avaliados pela Bareme, que estava num patamar superior à outra. A outra, impulsionada pelo retrato que deu conta ter sido publicada pela concorrente, vai de responder para repor o que diz não estar correcto.
Os barómetros de medição das audiências são, agora no nosso tempo, como uma guerra. Em causa as receitas publicitárias que se arrecadam. Isso vale, com uma outra dimensão que não a nossa, a local, para as Rádios Nacionais. Neste particular, será de se analisar e de se percepcionar que existe competição. É salutar.
Mas não pode haver, a nível local e regional, uma competição de “bota abaixo”, de maldizer, de escárnio, de lambada de mensagens, de divisão e de se sair por cima. De se ser mais e melhor. De somar todos os pontos para, e na “praça pública” esgalhar no projecto do outro. A inveja, verga e rebaixa. A cortesia e boa vizinhança, robustece cada projecto e cria laços de colaboração, a bem de todos.
Em meios pequenos, como o é Famalicão, que raio de vida é a nossa, de nos cotovelarmos, nos descompormos e nos arreliarmos, zurzindo “gato e sapato”, por causa do índice das audiências de Rádio?
Se dermos as mãos teremos mais facilidade em contagiarmos quem nos ouve, quem nos lê e quem nos vê. A “guerra” dos Órgãos de Comunicação Social locais não se pode confinar a barómetros de quantos nos seguem. O que interessa é a qualidade da informação e a subida classe da formação que poderemos servir porque, com ela e nela, conseguiremos atrair publicidade para que, e todos os projectos presentes no Concelho, vivam e sobrevivam, contribuindo para a diversidade da Opinião e para o superior primado das Notícias.
As guerras apartam, colocando no pódium de outras audiências, extra-publicitárias, a falta de se saber servir a comunidade. De guerras de alecrim e manjerona, está este Mundo famalicense e outros, farto…”
António Barreiros, jornalista
Comentários sobre o post