A Linha Internet Segura, da Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV), registou no ano passado mais de 1600 processos de atendimento e denúncia. De acordo com os registos divulgados, a organização revela que deste número se destaca um aumento de processos que se referem a ameaças de partilhas de conteúdo íntimo.
A propósito do Dia da Internet Mais Segura, que se assinala na terça-feira, a APAV divulgou as estatísticas de 2021 da Linha Internet Segura, que registou no total 1626 processos (atendimento e denúncias).
Destes, cerca de 134 foram situações referentes a situações de sextortion, uma forma de violência em que a vítima é coagida a enviar mais conteúdo íntimo ou quantias em dinheiro, para evitar que o/a agressor/a envie imagens ou vídeos íntimos seus.
A APAV sublinha o “contínuo crescimento da denúncia de conteúdos de abuso sexual de menores e de discurso de ódio online” e refere que, desde o início da pandemia, estas formas de violência são as que mais têm aumentado, a nível nacional e mundial.
No que se refere ao material de abuso sexual de menores online, “a maior parte continua a ser o material autoproduzido por parte de crianças e jovens, que muitas vezes é conseguido através de manipulação perpetrada por adultos (grooming), sendo depois esse conteúdo comercializado”, alerta a APAV.
De relembrar que a Linha Internet Segura, gerida pela APAV desde 2019, presta apoio nas vertentes de denúncia de conteúdos ilegais na internet e de apoio a questões relacionadas com o uso das tecnologias e a vítimas de cibercrime.
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