Créditos de imagem: Paula Pereira
A Liga de Combatentes (Núcleo de Ribeirão) juntou antigos combatentes para um almoço de Natal, no passado sábado, dia 9.
Após a receção dos convidados foram realizadas duas cerimónias: a primeira no cemitério da Vila de Ribeirão, com discurso a recordar os combatentes que já partiram e todos aqueles que faleceram em combate. A segunda foi a colocação de uma cora de flores no monumento daquela Liga de Combatentes.
Após as cerimónias o almoço convívio com os associados e antigos combatentes, acompanhados dos familiares.
O chefe da municipalidade famalicense, Mário Passos, esteve presente, acompanhado por Leonel Rocha, Presidente de Junta de freguesia daquela Vila e o Coronel Belchior, em representação do presidente da Liga de Combatentes, Tenente-General Joaquim Chito Rodrigues.
“Vamos fazer tudo para que não sejam esquecidos”, começou por lembrar o presidente do município famalicense. “Que não seja apagada uma parte da nossa história”, sublinhou.
Mário Passos deixou a promessa que juntamente com a Liga de Combatentes (Núcleo de Ribeirão) irá trabalhar com o objetivo de ter memoriais, em todas as freguesias, com o objetivo de nunca, os combatentes, serem esquecidos.
José Ferreira dos Santos lembrou as sequelas da guerra que após 50 anos “cujos os governos nunca, mas nunca nos deram apoio (…) mas nós, combatentes, resistimos e tentamos dar voz aquém não tem voz. Temos Organização e temos respeito que nos sensibiliza a projetar memórias e assim reunir os ex-combatentes, esposas, viúva, mas do Estado, nada! E sempre nada.”
O Coronel Belchior, no seu discurso, agradeceu à Junta de Freguesia de Ribeirão e ao município pelo apoio para que o monumento daquela liga pudesse ser erigido naquela vila, “mormente em prol da memória coletiva, de momentos vividos e sofridos, no além-mar, como hoje tem continuidade, nas operações de paz humanitárias.” No seu discurso, o representante da Liga de Combatentes deixou “uma palavra de gratidão muito especial à mulher do combatente. Companheira de percurso do seu homem combatente, (…) mulher que sempre uniu mais, cá ou lá longe, os que espiritualmente nunca de si se separou.”
Leonel Rocha disse que “Ribeirão é uma referência em termos nacionais, em relação aos antigos combatentes, e por isso (…) estar qui é uma alegria.” Lembrou a importância de quem governa as nações não se esquecerem dos mais frágeis, sobe pena de os populistas ganharem terreno. “Nós, enquanto comunidade temos obrigação de cuidar daqueles que são mais frágeis e aqui o Núcleo de Combatentes tem esse cuidado, de estar aos combatentes, mas estar atento também, àquelas que ao longo dos anos sofreram muitas vezes por causa dos combatentes, por causa daquilo que trouxeram da guerra, daquilo que ficou marcado da guerra.” Leonel Rocha deixou um agradecimento ao Núcleo de Ribeirão, da Liga de Combatentes, pelo trabalho que tem realizado.
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