Da Direcção / Redacção
Da ACIF – Associação Comercial e industrial de Famalicão – chegou-nos uma nota sobre a realização de um jantar de antigos e actuais directores.
Essa informação, em poucas linhas, é lacónia e parca em notícia. Transcrevemos o que releva do evento: “com vista a promover a confraternização entre todos e a homenageá-los pela dedicação à causa associativa”. E adianta: “Contou ainda com a participação de um orador convidado, António Cunha, presidente da Comissão de Cooperação e Desenvolvimento da Região Norte (CCDR-N) que realizou uma apresentação sobre os “Desafios e Oportunidades para a Indústria do Norte”.
Não podemos deixar de estranhar – seja-nos permitida esta opinião urbana – que uma Associação de sectores com vitalidade e com pujança, de comerciantes e de industriais da nossa Região, se recolha no seu reduto, se vire para dentro, se refugie no seu umbigo e se confine às paredes do espaço onde se efectivou a iniciativa.
É pouco digno de uma Associação com pergaminhos: quando pedimos à ACIF, pós a recepção desse comunicado, que nos pudesse enviar um áudio que nos permitisse divulgar parte dos discursos, à opinião pública e aos associados, através do nosso Canal, sobre o desenrolar da festa, com particular destaque para as palavras do principal convidado e de outros, como o Presidente da Câmara de Famalicão, informaram-nos, por e-mail, que não o recolheram.
Afinal tiveram a desdita de nos enviar um comunicado com uma mensagem sem “sumo”, apenas como, jornalisticamente rotulamos, de “chapa 10”, ou seja, as notas de quem esteve para “inglês ver e saber”…
É pouco, desculpem que o digamos, frontalmente.
O que queríamos saber, para noticiar, era o que foi dito sobre que desafios e que oportunidades estão aí, face ao PRR e ao 2030, para além do que se perfila num tempo de guerra, por um lado; e, também, num tempo de inquietação por causa da fabricação de chips e, ainda, dos problemas do ambiente.
O que queríamos saber é que políticas e planos tem a autarquia para o comércio e para a indústria local, no sentido de abrir portas, de ser voz, em comunhão com a ACIF, desses sectores, porque vem aí, e de novo, um tempo de incertezas…
O que queríamos saber é se os antigos e actuais directores da ACIF se podem constituir como força de pressão, tipo lobby, para se fazerem ouvir, como eco das suas preocupações nos Terreiros dos Paços de Lisboa, isto é, dos Ministérios que comandam a vida empresarial.
Mandarem-nos – desculpai-nos a franqueza da palavra – “palha” informativa… já não será para este tempo, o das novas tecnologias, o da era da imagem (vale mais do que mil palavras…), da força do digital e do próprio audiovisual. O tempo, o de hoje e o de amanhã, não se compadece com amadorismos de comunicação…
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