Socialista sustenta que o serviço urbano de transporte rodoviário está suspenso e deve ser repensado antes de nova concessão estar fechada.
Vila Nova de Famalicão, 19 de julho – O candidato do Partido Socialista à presidência da Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão preconiza que o serviço urbano de transporte público rodoviário conhecido por “Voltas” seja “replicado noutras zonas do concelho”. No seu entendimento, é um “serviço útil para as pessoas de mais baixos rendimentos e não é justo que abranja apenas a cidade”.
Eduardo Oliveira, que no último fim de semana participou na apresentação de mais seis candidatos a presidentes de junta de freguesia do seu partido, entende que este é o “momento apropriado” para o Executivo municipal alargar às “freguesias mais populosas e com ligações ao comboio por perto” a concessão daquele serviço de transporte público, que nos últimos cinco anos se tem circunscrito à cidade.
Se o contrato de concessão foi recentemente revogado, sustenta, por manifesto desinteresse do operador que vinha assegurando o serviço, a Câmara tem aqui “a oportunidade de fazer um balanço da experiência e de olhar para outras realidades, como a zona poente do concelho”.
A eletrificação da linha do Minho e a aquisição de novas automotoras elétricas para circular na linha de Guimarães, acrescentou o também líder da Concelhia do PS Famalicão, “abrem novas oportunidades de mobilidade aos famalicenses de Fradelos, Ribeirão, Lousado, Esmeriz e Cabeçudos, por exemplo. E a Câmara, para facilitar a vida aos munícipes e em nome da sustentabilidade ambiental, deve criar condições para retirar os automóveis das estradas e incrementar o recurso aos transportes públicos, sobretudo, como é o caso, se contribuírem para a descida da pegada carbónica da nossa comunidade”.
Aliás, o candidato socialista à presidência da Câmara de Famalicão defende que a autarquia deve privilegiar, no próximo contrato de concessão do “Voltas”, o operador que “incorporar maior percentagem de autocarros elétricos na sua frota”, como forma de “avançarmos para a total eletrificação dos autocarros alocados a serviços total ou parcialmente pagos com dinheiros municipais, como os transportes escolares, até 2030, em linha com a agenda de Paris”.
Segundo Eduardo Oliveira, uma segunda linha do “Voltas” baseada em Lousado deveria ter horários combinados com os comboios para Famalicão e para o Porto, assim como os dos estabelecimentos de ensino secundário e superior da sede do concelho e de Braga e do Porto, por forma a “ter uma utilização economicamente sustentável” para o concessionário.
De igual modo, ajuntou, deverá servir para facilitar as deslocações das populações que trabalham e vivem na zona, o acesso aos serviços da rede de cuidados de saúde primários e ao hospital de Famalicão e “predispor às compras no comércio tradicional”.
- Apresentados mais seis candidatos às juntas
O candidato socialista à presidência da Câmara de Famalicão referiu-se à mobilidade e aos transportes públicos amigos do ambiente em todas as intervenções públicas que fez no último fim de semana. Em causa está um dos cinco pilares em que assentará o programa eleitoral do PS, disse para as largas dezenas de pessoas que o ouviram nas sessões de apresentação dos candidatos do seu partido às juntas de freguesia de Landim, Pousada de Saramagos e Louro e às uniões de freguesias de Carreira e Bente, Gondifelos, Cavalões e Outiz e Arnoso Santa Maria, Arnoso Santa Eulália e Sezures.
Os famalicenses precisam, realçou, de transportes públicos fiáveis, de mais rotas, para uma cobertura maior do território, de horários mais frequentes e de itinerários ajustados às necessidades de quem tem no transporte coletivo a “única alternativa de mobilidade”.
Chamou ainda a atenção para a necessidade de, no quadro pandémico atual, o “transporte público dedicado ao serviço escolar conciliar comodidade e segurança para as nossas crianças”. Só dessa forma, acrescentou, “merecerá a confiança dos pais”.
No último fim de semana, Eduardo Oliveira esteve em Landim, onde confirmou que o técnico administrativo Joel Oliveira, 30 anos, volta a ser o candidato socialista a presidente da Junta de Freguesia, repetindo, assim, o que aconteceu em 2017.
Agora, depois de dois mandatos na Assembleia de Freguesia e com um conhecimento mais aprofundado das necessidades das pessoas e de todos os lugares de Landim, aquele que é um dos mais jovens candidatos do PS à liderança de uma autarquia no concelho propõe-se instituir a figura do orçamento participativo na freguesia e melhorar os caminhos públicos existentes junto ao rio, de molde aproveitar o potencial turístico da zona, acrescentando valor à oferta proporcionada pelo Mosteiro. Propõe-se, igualmente, incrementar o apoio ao movimento associativo landinense, ter uma ação norteada pela inclusão social e adotar medidas de incentivo ao aumento da natalidade, com a consequente atração de casais jovens para a freguesia. Prometeu igualmente pugnar pela digitalização dos serviços da autarquia.
Depois, Eduardo Oliveira esteve ao lado do candidato à presidência da Junta da União de Freguesias de Carreira e Bente, Carlos Ferreira, 42 anos e operário químico, que também se apresenta pela segunda vez. Este enunciou uma agenda eleitoral “inclusiva, progressista e ajustada à situação em que vivemos”.
Aquele que muitos famalicenses conhecem por ser também cantor lírico, vai bater-se para que Carreira e Bente disponham de melhores condições para os idosos, a autarquia proporcione mais apoio aos desempregados e às associações locais, acarinhe mais as crianças e assegure condições de ensino “de excelência” nas escolas das duas freguesias, de forma a “garantir a sua continuidade”.
Depois, o líder concelhio do PS seguiu para Gondifelos, onde foi apresentado, como cabeça de lista à Junta da União de Freguesias de Gondifelos, Cavalões e Outiz, o mesmo candidato de há quatro anos: a Manuel Carvalho, 61 anos, histórico militante socialista que chegou a integrar a Junta de Outiz. Hoje aposentado do Corpo da Guarda Prisional, diz estar disponível para trabalhar “como servidor público”, para minorar as necessidades sociais e resolver as carências de infraestruturas das três comunidades, que está “pronto a servir” nos próximo quatro anos.
Pousada de Saramagos também fez parte da jornada socialista deste fim de semana. Aí Eduardo Oliveira esteve ao lado da quinta mulher até agora apresentada pelo PS à presidência de uma junta de freguesia. Trata-se de Cristina Oliveira, 44 anos e operária fabril numa indústria de calçado. Aos pousadenses propõe um projeto de “unidade para a mudança e desenvolvimento da freguesia”, para que se vençam as carências e assimetrias sociais que persistem na comunidade.
- Manuel Silva (Louro) quer “continuar a estratégia de progresso”
No domingo foi apresentado o candidato socialista à presidência do órgão executivo da União das Freguesias de Arnoso (Santa Maria e Santa Eulália) e Sezures, o engenheiro Augusto Pinto, 53 anos, que foi presidente da Assembleia de Freguesia no mandato 2013/2017.
Para esta disputa eleitoral, rodeou-se de uma equipa jovem, mas conhecedora da realidade das três freguesias, e definiu com principais prioridades do seu programa a melhoria da prestação de cuidados de saúde à população, uma vez que esta União de Freguesias não é servida por uma USF (Unidade de Saúde Familiar), a adequação do serviço de transportes às necessidades dos fregueses e a reparação dos equipamentos do parque escolar das três freguesias. A dinamização de atividades que fomentem a proteção ambiental e da Natureza, a promoção da cultura e do desporto, o apoio às associações e gestão criteriosa da Junta são outros dos seus objetivos.
A fechar o quarto périplo socialista pelas freguesias do concelho, deu-se, no Louro, a confirmação da recandidatura do único presidente de junta do PS atualmente em Famalicão. Trata-se de Manuel Silva, 48 anos e engenheiro civil, que se submete a um terceiro e último sufrágio para “continuar a estratégia de progresso” que tem conseguido executar, com resultados tangíveis na vida dos lourenses, como acontece, por exemplo, com o Parque da Formiga e a ecovia da Formiga.
Nos próximos quatro anos, propõe-se continuar a trabalhar para fazer do Louro uma freguesia cada vez mais inclusiva, que proporcione “mais oportunidades aos jovens” e níveis de bem-estar e de qualidade de vida que “contribuam para a felicidade dos lourenses”.
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