Apresentados os candidatos socialistas à presidência das juntas de Joane, Vila Nova de Famalicão e Calendário, Nine, Delães, Riba de Ave e Mogege.
Vila Nova de Famalicão, 28 de junho – Famalicão “só tem a ganhar” se para a presidência da Câmara for eleito quem esteja em “condições favoráveis de articular com o Governo, as instituições europeias e os agentes económicos investimentos que reforcem a atratividade territorial do concelho e melhorem o nível de qualidade de vida dos famalicenses”.
É este o sentimento de Eduardo Oliveira, candidato do Partido Socialista à presidência da Câmara Municipal nas eleições autárquicas do próximo Outono, no final da primeira semana de ações de pré-campanha nas freguesias.
Os recursos financeiros de que o país vai dispor até final da década são uma “soberana oportunidade para o município resolver ou, pelo menos, mitigar as suas insuficiências em matérias como habitação, saúde, mobilidade sustentável, acesso às redes de transportes que servem o comércio global, ambiente e capacitação da força de trabalho para a sociedade digital”, afirmou o também líder da Concelhia do PS Famalicão no final da primeira semana de apresentações dos candidatos do seu partido nas freguesias.
“Já há candidaturas abertas ao Plano de Recuperação e Resiliência e daqui a pouco, espero eu, estarão aí as do Portugal 2030, ao abrigo do Quadro Financeiro Plurianual 2021/2027. Câmara, empresas e instituições do terceiro sector devem articular-se, dialogar, harmonizar ideias e projetos, para apresentar boas candidaturas e otimizar todos os meios disponíveis para que se colmatem as principais necessidades de Famalicão e da nossa comunidade”, sublinha Eduardo Oliveira, para quem “se perdermos esta oportunidade de ouro e adiarmos investimentos, corremos o risco de outros concelhos se posicionarem mais rapidamente na captação de novos investimentos, na reindustrialização e nas tecnologias verdes”. Só no corrente ano, lembrou, a AICEP “prevê captar mais de mil milhões de euros” em investimento direto estrangeiro.
Delães e Riba de Ave com problemas parecidos
No périplo pelas freguesias, Eduardo Oliveira começou por estar, no passado dia 22, no arranque da pré-campanha eleitoral de Francisco Lima, 66 anos e gestor de organizações de economia social, candidato socialista à presidência da Junta de Joane.
Na última sexta-feira, dia 25, esteve ao lado de António Silva, supervisor industrial de 46 anos que o PS candidata a presidente da Junta da União de Freguesias de V. N. de Famalicão e Calendário, para depois seguir para Nine, onde oficializou, com a sua presença, uma candidatura que se apresenta como “suprapartidária”, por agregar cidadãos focados, sobretudo, na freguesia e nos problemas dos fregueses, que é liderada pelo arquiteto, de 47 anos, José Luís Barbosa.
No sábado, o candidato do PS a presidente da Câmara esteve em duas freguesias da zona nascente do concelho, com um passado industrial marcante e que atualmente apresentam problemas semelhantes: Delães e Riba de Ave.
O delaense Filipe Cunha, 45 anos e funcionário administrativo numa empresa do sector automóvel, e a ribadavense Cláudia Araújo, 42 anos e contabilista, são as apostas socialistas nestes territórios. Ambos, nas respetivas apresentações públicas, reconheceram que a falta de coesão social explica a maioria dos problemas das respetivas comunidades. Quer Delães quer a vila de Riba de Ave precisam de maior atratividade empresarial e mais emprego, de autarcas e de políticas que valorizem os recursos naturais endógenos e sejam agentes de proteção do ambiente, melhorem a qualidade do espaço público, criem oferta cultural e contribuam para a retenção dos jovens no território.
Mogege: cruzamento da VIM continua a preocupar
A última das seis freguesias da agenda semanal do líder concelhio do PS foi Mogege, onde esteve domingo, para participar na apresentação do candidato do seu partido à presidência da Junta local: Sérgio Costa, 47 anos e profissional do sector têxtil.
Segundo ele, apesar de ser uma freguesia onde praticamente não há desemprego e estão sediadas algumas das grandes empresas do concelho, a rede de saneamento está abaixo dos 100%, a cobertura da rede de gás natural é insuficiente e os jovens da terra são obrigados a procurar habitação acessível fora, porque em Mogege não há casas a preços compatíveis com a bolsa de quem acaba de constituir família. E, lembrou ainda, continua por resolver o problema que é para a comunidade mogegense o cruzamento da VIM. “Temos de fazer alguma coisa urgentemente! As pessoas atravessam ali com o coração nas mãos”, lamentou o candidato socialista à presidência da Junta, que atualmente tem assento na Assembleia da Freguesia, dirigindo-se a Eduardo Oliveira, que estava a seu lado e registou.
A campanha pré-eleitoral socialista prossegue nos próximos sábado e domingo, 3 e 4 de julho, com as apresentações dos candidatos do PS a presidentes das juntas de freguesia de Oliveira Sta. Maria, Vermoim, Ribeirão, Cruz e Gavião.
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