O cofundador e antigo secretário-geral do partido anunciou a sua desvinculação, criticando o abandono da moderação e o apoio a líderes autoritários como Erdogan.
Paulo Freitas do Amaral, figura central na génese do partido Nova Direita, anunciou publicamente a sua decisão de abandonar a força política que ajudou a fundar. Em comunicado, o antigo secretário-geral justifica a saída com uma divergência profunda face à atual linha política da direção, que classifica como “marcadamente ultraconservadora”.
Freitas do Amaral sublinha que a sua participação no projeto visava a criação de um espaço político plural e moderado. Segundo o próprio, o desígnio original previa a inclusão de uma “tendência centrista”, que considera ter sido abandonada pela atual liderança em favor de posições mais radicais.
“A minha participação teve como objetivo um espaço aberto a várias sensibilidades. Esse desígnio foi, entretanto, abandonado“, lamenta o político.
Um dos pontos de maior rutura prende-se com a política externa e os valores da democracia cristã. Freitas do Amaral critica duramente a “condescendência” do partido para com líderes internacionais como o presidente turco, Recep Tayyip Erdoğan.
Para o ex-dirigente, o apoio a figuras cuja prática política se afasta do Estado de direito e do humanismo tornou-se incompatível com a sua permanência no partido.
Com esta saída, Paulo Freitas do Amaral encerra o seu capítulo na Nova Direita, mas assegura que não abandonará a vida pública. O político anunciou que passará a atuar como independente, afirmando-se fiel a uma visão: Moderada; Democrática; Livre de “amarras partidárias“.
Até ao momento, a direção da Nova Direita ainda não emitiu uma reação oficial à saída do seu antigo secretário-geral.
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