O
dia 28 de abril de 2025 fica para reflexão de todos!
O relógio marcava 11H30 da manhã. A europa estava a viver o maior apagão de energia da história.
À medida que tempo avançava, percebi que o assunto era mais sério. Andei cerca de 9 quilómetros, para almoçar, e ao chegar a casa, tudo estava igual à cidade, onde se situam os estúdios da Famalicão Canal. O cenário era o mesmo. O telemóvel estava sem rede de internet móvel, tentei contactos com a E-Redes, não consegui. Na tentativa de contacto apenas aparecia uma mensagem no equipamento “Desconhecido da Rede”, por falta de energia nas torres de telecomunicações e talvez nos centros físicos das várias operadoras, tudo se desligou. Liguei, de imediato para a linha de emergência. Estava incontactável. Como eu, estavam milhões de pessoas à deriva, sem saber o que fazer.
A corrida desenfreada aos supermercados, era relatada pelos meus colegas jornalistas da RDP, nos vários canais (Antena 1 e Antena 3), Rádio Renascença, Rádio Comercial, Rádio Observador e possivelmente outras que conseguiam estar em perfeitas condições para continuar a operar e assegurar o precioso trabalho de Informação aos portugueses.
Há uma situação que não posso deixar de referir neste editorial: a fraca prestação dos sucessivos governos, em áreas chave e, mais grave ainda, os municípios. Sim, os municípios, foram muitos os chefes das municipalidades através da proteção civil a tentarem passar mensagens e as rádios locais estavam silenciadas, por falta de energia.
Questiono: Será que as rádios locais estão dotadas de meios de alimentação energética para uma eventual falha na rede, como a ocorrida esta segunda-feira?
Os senhores presidentes dos municípios não devem assegurar que estas estejam equipadas, que garantam as informações, a passar à comunidade, vindas das mais variadas áreas, sejam Proteção Civil, Forças de Segurança, Entidades Governativas, de modo a proteger e orientar os munícipes?
Quanto ao executivo governamental, em Lisboa, que saia dos gabinetes e que procure saber que garantias têm aqueles que pagam a fatura de telecomunicações e, numa situação como a vivida esta segunda-feira, é lamentável que nem comunicar com a linha de emergência (112) os portugueses não o tenham conseguido.
Quanto a esta situação só a posso classificar de VERGONHOSA.
Haveria muito mais a dizer e espero que este episódio sirva de exemplo e lição para todos, principalmente para os políticos que governam este país, seja na governação a nível da nacional e municipal.
Sem querer defender o atual governo, porque não advogo nenhum deles, mas que não venham os partidos políticos aproveitarem a discussão para lançar culpas e, perdoem-me a expressão, não façam dos portugueses parvos, por que parvo o povo português não é! É pacífico! Vai deixando rolar… até um dia!
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