O poder judicial já me desencantou faz muitos anos, pela sua delonga, principalmente, em julgar.
Este ano, a abertura do tempo judicial de 2025, que foi dia 13 passado e, pela 1ª vez, em mais de meio século, deixou de fora um representante. Os organizadores do ato não convidaram o representante da Igreja Católica.
Diz quem sabe que esses organizadores são católicos. São eles: o Presidente do Supremo João Cura Mariano; o Procurador-Geral da República, Amadeu Francisco Guerra (jubilou em Agosto de 2022); e a Bastonária da Ordem dos Advogados, Fernanda Almeida Pinheiro.
Não entendo bem essa decisão. Uns podem dizer que esta minha posição é passadista. Mas duas uma: ou esses organizadores são católicos que se escondem para não serem vistos e não darem testemunho; ou embarcam no facto de Portugal ser um Estado laico.
Se o fizeram pela 1ª razão são cobardes e, também, deixam muito a desejar como católicos e, ainda, que não têm coragem de se identificarem com a fé que dizem professar… Se pela razão segunda, enfatizada por sermos um Estado laico, que metam a expressão no saco – desculpem-me esta nota popular – porque mais de 90% da população portuguesa é cristã.
Ora, e permitam-me dizer a esses senhores da justiça, que a esmagadora maioria dos portugueses, onde me incluo, com orgulho, sente-se enxovalhada. Fica, em nome dessa maioria, interpretando-os – estou certo – a nossa voz de discordância pela falta do convite à Igreja de Cristo. Os mesmos senhores ostracizaram-nos…marginalizando-nos.
É que nós, cristãos, fazemos parte integrante do País, estando em maioria, representando a identidade cultural de mais de 9 milhões. Parece que as minorias é que mandam…alinham qualquer agenda.
Não posso deixar de assinalar que o Cardeal Patriarca de Lisboa, a figura que nos deveria ter representado na dita-cuja cerimónia, não quis comentar. Ficar calado, como sabe Sr. Rui Valério é consentir…é deixar de ter voz na comunidade portuguesa. A Igreja pertence ao todo da sociedade lusa.
Sabemos bem que, presentemente, se pretende a secularização da nossa comunidade e de outras. Com que intenções? O que não podemos permitir – tu, eu, ele e a maioria de nós – é que esses fariseus nos atirem às malvas, aos cristãos. A presença da Igreja tem um forte relevo social na vida nacional. Esquecê-lo não abona a ninguém, quanto mais a quem tem responsabilidades.
Esses senhores da justiça quiseram dar alguma sinal? Para dentro da estrutura judicial ou para fora dela?
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