Dois grupos de neurónios, os D1 e D2, que se pensavam trabalhar como rivais, tendem a associar-se perante estímulos bons e maus, segundo revela um estudo de uma equipa da Universidade do Minho que os descobriu.
De assinalar, segundo nota que nos foi endereçada: “Este novo estudo demonstra assim a enorme relevância dos D1 e D2 na resposta a estímulos positivos ou negativos e nas pistas que predizem esses estímulos”. Carina Cunha, uma das investigadoras da Uminho sublinha, a propósito: “Apesar de em certos momentos terem atividade distinta, há muita similaridade entre estes grupos e isso foi algo inesperado, o que abre muitas portas para o futuro; aliás, dentro destes grupos percebemos que há uma segregação funcional, mas falta saber de onde vem e vamos procurar o que as diferencia, tanto em contexto fisiológico como em patologia”.
Numa informação a que tivemos acesso pode ler-se: “O estudo saiu na conhecida revista Nature Communications e ajuda a perceber melhor o sistema de recompensa, que está disfuncional em doenças como a depressão e adição de substâncias”.
Mais adianta: “A pesquisa foi coordenada por Ana João Rodrigues e Carina Cunha, no Instituto de Investigação em Ciências da Vida e Saúde (ICVS) da Escola de Medicina da UMinho, tendo a parceria dos colegas Rui Costa e Gabriela Martins, da Universidade de Columbia e do Allen Institute (EUA). O trabalho foi cofinanciado pelo Conselho Europeu de Investigação, pela Fundação La Caixa, pela Fundação Bial e pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia”.
De especificar que “Estes neurónios fazem parte do circuito da recompensa, essencial na sobrevivência das espécies, como quando nos esforçamos pelo que necessitamos e desejamos, desde comida, música ou sexo”.
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