Um denominado grupo de amigos de Pelhe, do Concelho de Famalicão, que se dedica a caminhadas, decidiu denunciar a presença de águas contaminadas no Rio Guizande, com maior foco na área fluvial de Arnoso de Santa Eulália.
Um dos rostos desse grupo, Simão Filipe Mendes, colheu amostras dessas águas e levou-as a um laboratório na Póvoa de Varzim – ProjectÁgua – que as analisou. Tentámos que o técnico desse laboratório, o Dr. Jorge Nunes Oliveira, nos traduzisse os principais parâmetos detectados. Esperámos pelo seu contacto, como nos foi prometido por funcionária dessa empresa, mas até às 17H45, não recebemos qualquer chamada, para conseguirmos esclarecer os nossos leitores.
Também queríamos questionar Jorge N. Oliveira sobre se o recipiente de recolha da água na referida zona do Rio Guizande reunia as condições ideais para o efeito. Mas não o conseguimos por, como já o explicitamos, não nos ter sido devolvido o telefonema que realizámos, por volta das 16H15.
Mas vamos ao que conseguimos apurar, num primeiro balanço: ”não se deve retirar amostras próximas das margens dos rios (…)”. E mais do que lemos sobre o tema de recolha de amostras de águas nos rios: “A colecta de amostras de água é uma etapa fundamental para a realização de análises e estudos relacionados à qualidade da água. Os recipientes de colecta de amostras de água desempenham um papel crucial nesse processo, garantindo que as amostras sejam colectadas de forma adequada e preservadas até que sejam analisadas em laboratório. Ao escolher o recipiente de coletca adequado e seguir os cuidados necessários, é possível obter resultados confiáveis e precisos, contribuindo para a preservação da qualidade da água e do meio ambiente”.
Será que o colhedor da(s) amostra(s) teve todos esses cuidados? Não duvidamos que o tenha feito, mas a Entidade que superintende nessa matéria é que poderá vir, depois de fazer esse trabalho, a apresentar dados, responsabilizando-se pelos mesmos.
A nossa Redacção contactou, na tarde de hoje, para obter mais informações e filtrar a notícia com a veracidade que nos comanda o exercício da profissão, a Autoridade de Saúde Pública Concelhia, na pessoa da Adjunta, em exercício de funções, a Doutora Madalena Ferreira. Essa responsável tomou nota das nossas questões para – disse – lhes dar resposta, tão breve quanto possível.
Ainda neste âmbito, competirá deixar uma pertinente observação, apurada junto de fonte fidedigna:“A Salmonella encontra-se fortemente associada a águas recreativas”, como é o presente caso. E mais adiantamos:”O Programa de Vigilância Sanitária das Zonas Balneares Interiores prevê um conjunto de ações de monitorização, de carácter periódico, sob a responsabilidade das Autoridades de Saúde, destinadas a localizar, identificar e procurar evitar, anular ou corrigir, riscos para a saúde humana”.
Uma nota final: vamos aguardar, serenamente, pelo desenvolvimento de todo este caso para, em lucidez, vos deixarmos informações que possam contribuir para se esclarecer a opinião pública. Os resultados das amostras por técnicos da Entidade Saúde Pública que deverão ser feitas, em breve, podem trazer novidades.
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