A “transfiguração” urbanística de uma parte, na zona envolvente do Palácio da Justiça de Famalicão, impulsionou o Bloco de Esquerda a interpelar, recentemente, o Executivo Municipal, conforme se pode extrair de uma nota dessa formação partidária.
O BE denuncia que a parcela B da Unidade de Planeamento e Gestão (UOPG) 1.2 – área envolvente a essa estrutura da Justiça, em Gavião, foi alterada, em conformidade com o que estava previsto construir nessa mancha urbana. E, nesse comunicado, escreve: “Recentemente iniciou-se a construção de um supermercado Continente na parcela B”. Ora, revela o “Bloco”, que para essa parcela estava, assim como para a C, destinada uma zona de Habitação, Comércio e Serviços.
O mesmo partido nesse apontamento escrito que nos remeteu, acrescenta, como posição crítica: “Decisões com esta relevância não podem ser tomadas ao arrepio da discussão pública e sobretudo não devem nunca comprometer as opções estratégicas de longo prazo que várias gerações de famalicenses foram tomando: a construção do Tribunal de Vila Nova de Famalicão nesta localização teve como objetivo balizar o crescimento do centro urbano da cidade, o que está posto em causa de forma irreversível pela decisão de transformar a área envolvente num conjunto de armazéns comerciais que tudo podem ser menos o centro da cidade a que os famalicenses têm direito”.
Face ao tema, de interesse geral da comunidade famalicense, o BE apresentou questões à autarquia, donde sobressai, transcrevemos: “O Bloco de Vila Nova de Famalicão quer saber se à data da discussão pública era conhecido o interesse em construir este segundo espaço comercial e se sim, porque é que não foi apresentada uma mancha similar à que foi apresentada na Parcela A, sendo que a natureza e dimensão das duas ocupações é exatamente igual”.
O Bloco de Esquerda deixa uma anotação: “repudia esta forma de fazer cidade”.
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