A diabetes é objeto de estudo, por parte de uma equipa de investigadores, sendo dois da Universidade de Coimbra, a qual desenvolver equações que preveem e podem ajudar no diagnóstico precoce e mais preciso daquela patologia.
O estudo foi publicado na revista Nature Medicine.
Este artigo científico mostra que a utilização de um único bio-marcador no rastreio da diabetes, a glicose em jejum, subestima o seu impacto na saúde das populações – pode ler-se, em nota à imprensa.
“Os dados da presente investigação mostram que este assunto é especialmente relevante em países de estatuto socioeconómico baixo e médio, onde as dificuldades de recursos tornam a glicose em jejum como a metodologia mais comum de diagnóstico, possivelmente porque a avaliação da hemoglobina glicada nos remete para equipamentos e reagentes mais dispendiosos e, até, porque a normalização do processo laboratorial da HbA1c requer técnicos especializados e nem sempre estão amplamente disponíveis”, revela Aristides Machado-Rodrigues, coautor do estudo.
Luísa Macieira, chama a atenção para o facto de “cerca de 12% dos participantes terem diagnóstico prévio de diabetes ou este ter ocorrido durante os estudos, demonstrando assim a dimensão do problema à escala global com impacto aos mais diversos níveis, desde o individual, ao familiar, social, político e económico entre outros”. Adicionalmente, constatou-se que “um índice de massa corporal (IMC) aumentado está ligado ao diagnóstico prévio de diabetes e àqueles que foram diagnosticados com diabetes durante os estudos”, refere a docente da FMUC.
Aqueles investigadores dão, ainda, enfoque à necessidade de rastreios com início em idade pediátrica, sobretudo aos indivíduos de risco (IMC e perímetro da cintura aumentados, bem como a massa gorda aumentada), o que possibilitaria a deteção precoce do problema que é a diabetes e o qual pode estar presente no individuo durante longo período antes de ser diagnosticado.
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