Em Vila Verde comemorou-se “O Encontro com o Alambique”, no passado sábado, dia 4, no lugar de Carves, em Pico São Cristóvão. Foi na casa dos Antunes que tudo se realizou, com animação de concertinas e convívio.
A Aguardente, procurada por muitos, é uma arte tradicional. Luís Antunes, proprietário do Alambique, afirma que as regras têm sido apertadas, mas sempre cumpridas. “Nós temos um registo diário em que depois, mensalmente, também o comunicamos à Autoridade Aduaneira”. O mesmo afirma que, apesar de provar, mas não ser muito adepto de aguardente, sente-se “uma diferença entre esta aguardente e aquela que não é produzida desta forma, ou seja, é diferente, nomeadamente em termos do aroma”.
Para Júlia Rodrigues Fernandes, Presidente da Câmara Municipal, esta é “uma atividade que não se encontra facilmente num outro local, portanto é uma atividade (…) que junta aqui, também, a comunidade e muita gente vinda de fora, que também quer perceber este processo, que é um processo artesanal, digamos, e que perceber como isto é feito, mas que junta aqui os vários cantares, os vários saberes, os vários sabores, também, sempre bem regados com uma boa merenda, portanto é sempre um momento grande de convívio, em cada uma das nossas freguesias”.
Num dia “nada convidativo” a sair de casa devido à chuva forte e vento, várias pessoas juntaram-se para perceber como se fabrica o “Uísque Português”.
A autarca refere que “este é um ponto comum dos vários eventos da Rota: é termos sempre a presença de jovens, de crianças, de ser sempre atividades intergeracionais e de percebermos como, também, o testemunho pode ser passado. E aqui estão de facto as crianças que vão percebendo um bocadinho, também, aqui a dinâmica, até curiosidade, mas é o que digo sempre, a Rota tem estas duas vertentes: por um lado, reviver a todas estas práticas agrícolas, levar a que aqueles com um bocadinho mais de idade recordem isto que era prática corrente na sua infância e juventude e, por outro lado ver as camadas mais jovens, também no sentido pedagógico, de percebermos o que é uma espadelada, o que é uma malhada de centeio, o que é uma malhada de feijão ou de tremoços, o que é uma desfolhada e, neste caso em concreto, o que é o trabalho do Alambique, o que é isto de fazer aguardente”.
Fernando Pimenta, Presidente da Junta de Pico São Cristóvão afirma que o passado lhe dá saudades e “gostaria que se voltasse a esses tempos”.
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