Duas mulheres foram indiciadas pela prática do crime de tráfico de pessoas, na forma tentada, informa a Polícia Judiciária, em comunicado.
O caso inicia em fevereiro deste ano quando as suspeitas, incapacitadas de ter filhos, delinearam um plano em que se aproveitavam de uma mulher grávida que acolheram em casa para, após o parto, registarem a criança em nome do casal.
A grávida em questão não tem nacionalidade portuguesa, estava desempregada, atravessava graves carências económicas e não conhecia o progenitor da criança, sendo um alvo fácil.
As duas mulheres providenciaram alojamento, alimentação, pagamento das despesas relacionadas com a gravidez e uma quantia mensal em dinheiro para a mãe.
“Ficou ainda acordado que a parturiente não poderia frequentar consultas no Sistema Nacional e Saúde (SNS), para evitar registos nas bases de dados e, quando desse entrada no Hospital para o nascimento, fosse indocumentada, omitindo a sua identidade e fornecendo desde logo o nome das pessoas que iriam futuramente figurar como pais do recém-nascido” – informa a nota.
Após o nascimento, ocorrido em 19 de junho, num hospital do SNS, a mãe decidiu quebrar o acordo e ficar com a criança, tendo sido ameaçada e coagida pelo referido casal para manter o que tinha sido combinado.
Segundo informa o Jornal de Notícias, as mulheres, com 34 e 38 anos de idade, uma delas estrangeira, tiveram, como pena apresentações semanais ao posto da PSP.
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