Os Prémios de quadras Antoninas foram entregues na passada sexta-feira, dia 16, na Estação Rodoviária de Famalicão, num sarau cultural com o nome de “Noite de Orvalhada”.
“Faz todo o sentido, face à qualidade do concurso e do evento que o Orfeão nos está a proporcionar. Será mais uma iniciativa muito interessante a enriquecer o programa das Antoninas, em 2024” – disse Ricardo Mendes, vice-presidente da Câmara Municipal, que também esteve presente.
O júri do concurso era constituído por Anabela Gregório, professora de português, por Maria do Sameiro Figueiredo, cantora, autora, compositora e poetisa e por João Cidade poeta, em representação do Orfeão Famalicense. Este grupo recebeu “um envelope fechado contendo cento e vinte e quatro quadras, numeradas de um a cento e vinte e quatro. Depois de verificada a conformidade com o regulamento, não foram consideradas as que não respeitavam as regras de participação, nomeadamente por irregularidade métrica” – registaram em ata.
O primeiro prémio foi entregue à quadra número 84, com o pseudónimo de “Amor de Perdição”, do autor David Compadre.
“Santo António também és,
Meu amor de perdição.
Ajoelhei-me a teus pés,
Aqui, em Famalicão.”
O segundo prémio foi entregue à quadra número 100, com o pseudónimo “Poeta”, ao autor Guilherme Teixeira:
“P’ras Antoninas eu vou,
Porque solteira não fico,
Será certo arranjar
Quem me regue o manjerico.”
O terceiro prémio foi entregue à quadra número 121, com o pseudónimo “Kika”, de que são autores José Guimarães e Maria Andrade.
“Santo António, aconteceu!
Foi apenas brincadeira…
– Como é que o bebé nasceu?
Foi o calor da fogueira!
Levaste-me às Antoninas
Sei que fomos p’ra noitada…
Acordei pelas matinas
Não me lembro de mais nada.”
Houve ainda o Prémio “Casa das Artes”, atribuído à quadra número 64, com o pseudónimo “Santo António Comprador”, de que é autor David Compadre, que imaginou Santo António a fazer compras na nova Praça de Famalicão:
“Santo António é um amor,
Quis fazer a sua graça,
Parou, desceu do andor
Foi fazer compras à Praça.”
Segundo nota à imprensa, o júri distinguiu, também, com menção honrosa, as quadras números 35, 38, 46, 47, 57, 59, 67, 70, 72 e 85, “que das mais variadas formas são demonstrativas do que as festas Antoninas representam para Famalicão”:
“Antoninas – manjerico:
Há vasos por todo o lado…
Dá um ao teu namorico,
Já que estás apaixonado!
Para a marcha, minha gente!
Vamos lá, para a folia…
Na terra, há festa imponente
Com muito AMOR e magia!
Antoninas, que loucura!
Não há outra festa assim:
Remédio que tudo cura,
Numa noitada sem fim.
Cavaquinhos, concertinas,
Ar festivo já se sente.
São as Festas Antoninas,
A alma da nossa gente.
O povo sai todo à rua,
P’ra contigo festejar!
Dias em que a festa é tua…
Santo António é p’ra durar!
Antoninas bem lembradas
No mote do Orfeão…
Por si podem ser cantadas
Com sublime afinação!
Santo António milagreiro,
Santinho… faz o milagre!
Arranja-me um companheiro..
Jeitoso p’ra minha idade.
Meu santo, vim à cidade,
Trouxe também a mulher!
Regressou à mocidade…
Já não estou p’ro qu’ela quer!
Agora sois Património,
Antoninas a valer!
Riquezas deste quilate
São mesmo p’ra defender!
Também marcha a pequenada,
Não se vai deitar a lua,
Nesta festa abençoada,
Vem Santo António p’ra rua!”
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