A Candidata a Mestre e Campeã Nacional feminina Mariana Silva (CX A2D) renovou o título conquistado no ano passado, ao triunfar num torneio, realizado em Vila Nova de Famalicão, nas instalações do Complexo Desportivo de Vale de São Cosme.
Num dos campeonatos mais participados dos últimos anos, com 24 jogadoras presentes, Mariana Silva terminou a prova com 5 pontos em seis jornadas, os mesmos da irmã e companheira de equipa Inês Silva, mas beneficiou de um melhor sistema de desempate para revalidar a coroa como rainha nacional. A atleta famalicense já tem três títulos no currículo: 2019, 2022 e 2023.
As irmãs Silva mostraram neste campeonato que a recente participação no Campeonato da Europa, realizado em Montenegro, lhes trouxe uma capacidade competitiva superior às adversárias.
Na terceira posição, a fechar o pódio absoluto, ficou a jovem Sub-14 Marta Almeida (CX Colégio Português), com 4,5 pontos, após um torneio de alta qualidade, no qual apenas foi derrotada pela campeã e superou em muito as expetativas iniciais, pois era a número 7 à partida.
Na sexta e última jornada, Mariana Silva derrotou a experiente Sara Monteiro (ADRC Mata de Benfica), enquanto a Mestre FIDE feminina Inês Silva bateu Camila Avelino (ADRC Mata de Benfica), numa partida que tinha implicações nas contas do título, pois Camila também tinha 4 pontos à entrada da sexta ronda. Assim, teve de contentar-se com o quarto lugar final (no ano passado tinha sido segunda), à frente de outra jovem muito promissora, Sofia Valente (Xadrez Efanor), quinta classificada, após um torneio sem derrotas (duas vitórias e quatro empates).
O CX A2D fez-se representar por mais uma jovem atleta Sub-12, Irina Oliveira, que se classificou em 23.º lugar (1 ponto) e deixou boas indicações para o futuro, nesta que foi a sua estreia em provas federadas.
I OPEN REGULADORA – Vila Nova de Famalicão
Adriano Macedo sagra-se vencedor
Paralelamente ao Campeonato Nacional Feminino decorreu o I Open da Reguladora, prova inédita, que visou homenagear a única fábrica portuguesa que produziu relógios de xadrez, hoje em dia ainda em atividade no concelho famalicense. Os xadrezistas portugueses com mais de meio século de vida seguramente lembram-se dos famosos relógios da Reguladora, feitos numas robustas caixas que os fazia perdurar no tempo, independentemente do ritmo a que as partidas eram jogadas. A implantação da modalidade no nosso país nos anos 1970 e 1980 passou pela utilização de milhares destes relógios e é sempre bom saber que ainda há alguns em boas condições, numa fase em que os relógios digitais tomaram conta dos tabuleiros mundiais.
O I Open da Reguladora contou com a participação de meia centena de jogadores, dos distritos de Braga, Porto e Aveiro, e jogou-se em seis jornadas, no ritmo de clássicas, coincidindo sempre com o Nacional Feminino.
O vencedor foi o cabeça de série n.º 1, Adriano Macedo (AX Barcelos), que efetuou uma performance 100% vitoriosa: 6 vitórias em 6 jogos. João Almeida (Colégio Português) e Manuel Paiva (O Amanhã da Criança) classificaram-se em 2.º e 3.º lugares, respetivamente. O CX A2D foi o clube mais representativo contando com a participação de 15 atletas. Desta forma, este evento xadrezístico foi o batismo de vários atletas do jovem clube famalicense numa prova federada na vertente clássicas o que permitiu contribuir para a evolução e consolidação técnica aliando-se a vertente formativa e competitiva neste Torneio. Quatro atletas famalicenses classificaram-se no TOP-10: Vítor Carvalho, Duarte Abreu e José João Pinto e Artur Lemos alcançaram o 5.º, 6.º, 7.º e 9.º lugares, respetivamente.
O Campeonato Nacional Feminino e o I Open da Reguladora foi uma organização da FPX, com o apoio da AXDB, da Didáxis e do CX A2D e o patrocínio da relojoeira Reguladora, a mais antiga da Península Ibérica, que ofereceu dois relógios de pulso para os prémios e da Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão.
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