A Arquidiocese de Braga enviou à nossa redação um comunicado, relativo ao Estudo dos Abusos Sexuais de Crianças na Igreja Católica em Portugal.
Neste comunicado adianta que no dia 13 de Fevereiro, dia da apresentação pública do Relatório Final, a Comissão Independente entregou ao Arcebispo de Braga, D. José Cordeiro, em envelope fechado, com uma lista onde constam oito nomes de alegados abusadores.
Segundo a Arquidiocese de Braga, após uma averiguação inicial, conclui que três dos nomes referenciados são de sacerdotes já falecidos.
“Um dos nomes não corresponde a nenhum sacerdote da Arquidiocese de Braga, nem se encontra nos arquivos da Arquidiocese qualquer referência a seu respeito. A investigação será aprofundada, tendo sido pedida mais informação à Comissão Independente”, refere.
Assegura ainda que “um dos nomes diz respeito a um sacerdote que foi alvo de um processo civil, tendo sido absolvido”.
“Um nome corresponde a um sacerdote que foi alvo de um processo canónico, por abuso sexual de menores, já concluído e que resultou na aplicação de medidas disciplinares em vigor. Se se verificar que os testemunhos recolhidos pela Comissão Independente configuram novos factos, será iniciado um novo procedimento canónico”, pode ler-se.
A mesma lista contempla um outro nome que corresponde a um agente pastoral, que por falta de elementos de identificação não foi ainda possível identificar, assegurando a Arquidiocese que estão em curso diligências nesse sentido.
O comunicado refere um último nome “diz respeito a um sacerdote que, depois de um diálogo com o Senhor Arcebispo, foi afastado preventivamente do exercício público do ministério sacerdotal”. No entanto a Arquidiocese de Braga diz que “a decisão cautelar de afastar preventivamente o sacerdote em causa não prejudica o princípio da presunção de inocência. Trata-se de aplicar as linhas orientadoras de ação da Igreja em matéria de abusos sexuais de menores, em conformidade com o Vade-mécum sobre procedimentos relativos a casos de abuso sexual de menores cometidos por clérigos”.
A Arquidiocese de Braga reafirma o compromisso “em acolher e escutar as vítimas, tratando todos os casos com critérios inequívocos de transparência e justiça, contribuindo assim para a máxima reparação possível do mal sofrido”.
Neste comunicado diz, também, saber pedir perdão, mas reconhece que não é suficiente. Assegura o apoio “psiquiátrico, jurídico e espiritual a todas as vítimas que solicitem este serviço”. Compromete-se, ainda, “promover uma cultura de cuidado e faremos tudo o que estiver ao nosso alcance para prevenir futuros casos de abuso”.
A concluir, deixa um apelo, “a todos os que possam ter sido vítimas de qualquer espécie de abuso sexual em alguma paróquia ou instituição da Arquidiocese de Braga, e que ainda não deram voz ao seu silêncio, que contactem a Comissão de Proteção de Menores e Adultos Vulneráveis”
(comissao.menores@arquidiocese-braga.pt)
ou 913 596 668).
“Estamos disponíveis para escutar e acolher”, termina.
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