A freguesia de Nine reviveu as Solenidades do Senhor dos Passos, no domingo, dia 27, após a paragem forçada de dois anos, devido à pandemia da Covid-19.

As celebrações iniciaram na Igreja Paroquial de Nine, com o Sermão do Pretório. A procissão, que é já uma tradição antiga, contou com várias encenações, desde a condenação e a morte de Jesus, o encontro dos andores de Jesus e de Maria, com o sermão do encontro e o sermão do Calvário.
Toda a comunidade se mobilizou, para uma tarde de convívio e de comunhão com a fé. Foi um dia de “esperança, muito aguardado por todos”, conforme afirmou Vítor Sá, pároco na referida freguesia.
“É um dia marcante para a comunidade de Nine, no sentido das promessas, da tradição, e do fervor com que se vivem os Passos. Estamos num contexto de recomeçar, ou seja, nos últimos dois anos não houve festa pelas contingências pandémicas que todos conhecemos, e então este dia é de festa, de juntar e reunir a comunidade. Quer para os ninenses, quer para quem nos visita de fora”, salientou.
Este ano não se realizou a encenação dos quadros bíblicos que era, anteriormente, protagonizada por um grupo de teatro famalicense (Greculeme). No entanto, para o pároco haverá outras formas de passar a mesma mensagem: “Cada ano podemos fazer coisas diferentes, mantendo a mesma fidelidade daquilo que é a mensagem de Cristo. Não há só uma forma de transmitir a mensagem, há muitos caminhos para chegar ao mesmo destino”.
Ver a grande afluência da comunidade “é uma alegria e um orgulho”, reforçou, sobre a resposta favorável ao repto do pároco e do Conselho Económico.
Para o Padre Vítor Ramos, o pregador convidado, Nine celebrou as solenidades do Senhor dos Passos com muita crença e adoração: “É uma multidão que estava sedenta destas manifestações, de celebrar a sua fé e as suas tradições. Acho que Nine saiu à rua de forma muito briosa… celebrou esta Solenidade do Senhor dos Passos”.
Já Paulo Costa, tesoureiro do Conselho Económico, que organizou as solenidades, demonstrou satisfação em nome de todo o grupo, por ser novamente possível organizar estas cerimónias, que têm para Nine “uma importância muito grande”.
“Foram anos de alguma tristeza (devido às restrições da Covid-19). Sermos privados de tudo como fomos, destas celebrações, da Páscoa, foi muito mau e causou um sentimento de frustração na própria comunidade”, relembrou.
Para ser possível organizar solenidades com esta dimensão, o responsável salientou que há um grande número de pessoas envolvidas: “Há o conselho económico, os responsáveis pelos lugares que fazem os peditórios para tornar isto possível, os escuteiros que participam ativamente, há muita gente nos bastidores”.


























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