“Putin aproveitou-se da anestesia do Ocidente, durante estes últimos 10 a 12 anos. Ingenuamente, a Europa e os USA, principalmente, deixaram-se embalar pelos discursos e pela manhosa retórica de Putin, o sr. KGB.
Putin, uma raposa velha de um dos principais Serviços Secretos mundiais, a KGB que, e entretanto, alterou a designação para FSB (Serviço Federal de Segurança da Federação Russa), o qual é militar, sabe como é o jogo da Informação, da Contra-Informação e todos os outros – fazer de conta, tácticas de simulação, infiltração de operacionais, levantamento de posições, ataques cibernéticos, etc. .
Putin tem tirado partido de todo o seu passado, primeiro como agente e, depois, como Director dessa máquina poderosa da “intelligence” para obter resultados que lhe permitiram, sem alardes e agitação, ante com serenidade e muito silêncio táctico, alcançar posições, deixar rasto de grande político, atrelar uma imagem de conforto sem levantar suspeitas e de ir levando a água ao seu moinho.
Para além disso, e percebendo o adormecimento do Ocidente, face às suas manobras de político astuto e radicado na mentira, Putin mergulhou e introduziu-se, através do FSB, nas hostes das esquerdas e das direitas do xadrez das democracias ocidentais, o que se traduziu na agitação das sociedades. Se tivéssemos estado atentos, teríamos percebido que foram temas como a xenofobia, o racismo, o “escarrar” na história de cada povo, a divisão da família, o (não) assunto do género e, ainda, colocar em questão a hierarquia e a ordem que, por esta última dúzia de anos, acabaram por destroçar, manipular e esquartejar cada comunidade Ocidental.
Jamais, na Rússia, qualquer desses temas…toma força e jeito de ser tema, porque Putin e toda a sua orgânica-nomenklatura, à boa maneira marxista, não o permite. Nem sequer autoriza que o povo se manifeste nas ruas. Um problema que não deve ser relegado, em toda a linha, é a linguagem da verdade que, e raramente, se esbate na política e nos políticos. Se para uns, uma boa parte, a verdade, liberta; para outros, porque envenenada pela mentira, a verdade não transpira para o seu seio, aprisionando as ideias e as narrativas. Aliás, os marxistas, nas suas retóricas, como acontece aqui no face, usam e abusam do insulto, para a defesa dos seus ideais que tentam amarrar a democracia e a cativar a liberdade…
O resultado, com esta invasão da Ucrânia, o que apanhou todo o Ocidente descalço e com as calças na mão, está à vista de todos. E toma-se como deveras importante e actualizada, a pergunta: o que têm andado a fazer, neste particular, ou seja, na pesquisa das actividades de Putin, das suas Forças Armadas e de todas as suas estruturas de poder, os Serviços Secretos do Ocidente, com maior relevo para a CIA (Agência Central de Inteligência – USA), o MI5 (Serviço de Segurança – Inglaterra), o BND (Serviço Federal de Informações – Alemanha), Mossad (Instituto para Informações e Operações Especiais, considerado um dos melhores do Mundo), além de outros?
Perante os factos, das duas uma: pouco, muito pouco…Desleixaram-se, pelo menos. Ou, e de quem dependem, deixaram de lhes dar força, a de que precisam para proteger os interesses dos Países que representam, dos seus Governos, das suas estruturas e, também, dos seus Cidadãos. O Ocidente não pode escancarar-se e não deve “morrer” às mãos de ditadores, déspotas e salafrários, como Putin. O seu poderio atómico faz com que Ocidente esteja expectante para que a Arca de Noé não seja, de novo, uma alegoria bíblica que venha povoar as nossas Vidas.
Putin andou à larga, sem rédea, livremente, passeou-se, pensou-se, estruturou-se, projectou-se e teve tempo e mais do que tempo para, e sem levantar suspeitas, se preparar e se programar para fazer o que tem vindo a fazer, invadir a Ucrânia, instalar-se no seu território, destruí-la, matar milhões de inocentes e tomar conta do território fértil, em cereais, desse País que já era livre e democrático.
Concluiria, com uma frase de um alto dirigente de serviços de “intelligence”, a propósito desta guerra: “Haver ucranianos ao serviço dos FSB não deve ser nada difícil, até porque há 30 anos eram o mesmo país.”
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