A Junta de Freguesia de Ribeirão assinou, esta quarta-feira, dia 1 de dezembro, um protocolo de colaboração com a da Liga de Combatentes (Núcleo de Ribeirão) e com o Museu da Guerra Colonial, ambas sediadas na vila de Ribeirão. O objetivo principal deste acordo é divulgar e acompanhar os antigos combatentes ou as suas viúvas relativamente a benefícios que passarão a usufruir da Junta de Freguesia, conferidos do Estatuto do Antigo Combatente.
A cerimónia iniciou-se pelas 10h30, e incluiu também dois momentos de homenagem: primeiro, com a imposição de uma medalha ao combatente Joaquim Ferreira da Silva; seguindo-se de uma homenagem aos combatentes com a colocação de uma coroa no monumento ao Combatente. Estiveram presentes o Presidente do Núcleo de Ribeirão da Liga dos Combatentes, Ferreira dos Santos, o Presidente da Junta de Freguesia de Ribeirão, Leonel Rocha, o Presidente do Museu da Guerra Colonial, Augusto Correia e Silva, o Vereador da Cultura da Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão, Pedro Oliveira, entre outras entidades.
Este ato advém de um protocolo celebrado entre a Direção Geral de Recursos da Defesa Nacional e a Associação Nacional de Freguesias (Anafre), com vista a dar cumprimento ao Estatuto do Antigo Combatente, “em que as juntas de freguesias são convidadas a juntar-se a este estatuto”, tal como explicou o Leonel Rocha, Presidente da Junta de Freguesia de Ribeirão.
O Presidente do Núcleo de Ribeirão da Liga dos Combatentes, Ferreira dos Santos, relembrou a história deste Núcleo, que «nasceu» em 2010 e que foi, nessa época, uma iniciativa vista como “uma aventura imprevisível”.
Em retrospetiva falou sobre todo o caminho percorrido pelo Núcleo de Ribeirão da Liga dos Combatentes e no que já foi conquistado em prol destes: “Hoje aqui estamos, não só para relembrar o passado, mas também para juntar outros apoios que dignifiquem os combatentes e suas famílias na área da saúde e do lazer”.
A sua mensagem «carregada de amor pela causa», teve como objetivo “demonstrar que a história continuará”. “Somos combatentes que dignificaram a pátria com suor, lágrimas e dor. Queremos agora e sempre, dignidade, e que a história faça justiça”, reforçou.
O Presidente Augusto Correia e Silva salientou o papel do Museu da Guerra Colonial, no qual esteve em representação nesta cerimónia, defendendo que este “não é de quem o dirige, é de todos os combatentes”. Salientou ainda que o Museu “dignifica aqueles que cumpriram serviço militar, uns dando a própria vida” e é “uma demonstração de homenagem aos combatentes”.
“O nosso Museu é a alma do povo português”, afirmou, relembrando que é atualmente o único existente no país. Convidou assim toda a comunidade para visitar o Museu da Guerra Colonial, pois “embora sendo o espelho do que foi a guerra durante estes 13 anos é sempre um hino à paz”.
Seguiu-se a intervenção do Presidente da Junta de Freguesia de Ribeirão, Leonel Rocha, que frisou que esta cerimónia foi “um pequeno ato simbólico. Um protocolo para lembrar os combatentes de sempre, que sacrificaram parte da sua vida em prol da nossa pátria”.
E neste âmbito, alertou: “Se um povo não tem memória, consideração por aqueles que se sacrificaram por eles, então é um povo que não merece a história que tem. Somos dignos da história que nos foi deixada, e nessa história, os combatentes têm um lugar especial”.
“Coerente como procuro ser com aquilo que digo em relação ao que faço, na primeira oportunidade que tive enquanto Presidente de Junta, para poder mostrar o apreço, carinho e reconhecimento que tenho pelos combatentes, propus a estas duas instituições que temos a honra de ter na nossa terra, um protocolo precisamente para dignificar os combatentes”, explicou. “Não só através dos documentos que são passados na Junta de Freguesia, mas acima de tudo, pela disponibilidade que a Junta tem para estar ao lado dos combatentes, das instituições e dos ribeirenses”, completou.
Já o Vereador da Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão, Pedro Oliveira, que também marcou presença nesta cerimónia, evidenciou que “este protocolo de colaboração entre as três instituições é uma forma de retribuirmos e agradecermos a quem muito fez por nós no passado”.
“A Câmara Municipal agradece a estas instituições que aqui hoje estão a celebrar este protocolo, que visa ajudar, divulgar, dar a conhecer alguns dos benefícios que os combatentes e as suas viúvas podem usufruir, seja na gratuitidade de serviços, seja no acesso de informações”, reforçou, por fim, o Vereador.
Durante a tarde, pelas 18h00, teve também lugar, no Museu da Guerra Colonial, um Sarau Cultural de homenagem aos Antigos Combatentes, com música e poesia.
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