Um grupo de jovens famalicenses reuniu-se ontem junto à praça D. Maria II em vigília de luto pelas árvores centenárias derrubadas na obra de remodelação do espaço. No facebook do evento, a organização afirma que “O Município de Vila Nova de Famalicão cometeu um ato intolerável no que diz respeito à requalificação do Parque Dona Maria II” pois “o primeiro passo para essa mesma requalificação foi o abate de diversas árvores que nenhuma problemática causariam à sociedade.” Acrescentam ainda que “Infelizmente já não é a primeira vez que este ato atroz acontece na nossa Cidade.”
João Alves, organizador principal, tendo nascido e vivido sempre em Famalicão e filho de comerciantes daquela zona, recorda a sua infância e adolescência naquele lugar e ver aquelas árvores de grande porte desprezadas daquela forma criou nele um pouco de revolta. Sente que ao tratar aquelas árvores desta forma o município está a passar a mensagem às crianças e jovens do concelho que elas são algo descartável e substituível, algo sem valor.
Fala ainda, do impacto visual que lhe causou ao ver aquelas árvores caídas, a ele e a todos com quem falou. Árvores centenárias que sendo património não só ambiental mas também histórico foram abatidas sem o mínimo de esforço de as tentar enquadrar na reabilitação que se pretende fazer.
Sentindo o futuro do seu bem estar e da sua cidade em risco e sabendo que já não é possível devolver as árvores cortadas à terra, o grupo decidiu que era tempo de deixar de aceitar estas ações em silêncio e apelam, ainda, a todos os que não puderam estar presentes na vigília mas que se identificam com esta desilusão e tristeza que coloquem fitas vermelhas no gradeamento da obra como manifestação. Prometem não desistir de se expressar, e já contactaram até entidades como a Plataforma em defesa das árvores e a Quercus.
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