Os dados avançados pelo relatório semestral de “Threat Intelligence”, da S21sec, uma empresa de cibersegurança, que, analisou 101 países, colocou Portugal no 31º lugar no ranking dos países mais afetados por ataques de ransomware. Os Estados Unidos da América, o Reino Unido e o Canadá são os países mais afetados.
Este é um tipo de ataque informático cujo objetivo é conseguir um resgate económico das vítimas e que bloqueia o acesso a ficheiros.
Citando novamente o relatório apresentado, uma das principais falhas de segurança observadas “tem sido a exploração das vulnerabilidades existentes na infraestrutura alvo”. Assim, “é importante que as empresas tenham em consideração este tipo de ameaça e que se concentrem na atualização e manutenção das suas infraestruturas”, salienta Hugo Nunes, responsável da equipa de Intelligence da S21sec.
Ao todo, durante a segunda metade de 2021, em todos os países analisados, houve 1.694 vítimas de ransomware, que, como explica a S21sec, se “tornou um dos tipos de ciberataques com maior crescimento e impacto”. Do número de ataques apresentados, os EUA foram alvo de 757. Espanha teve 32 e surge em oitavo lugar.
Desde o início de 2022, Portugal sofreu casos de ataques informáticos que se tornaram mais mediáticos, como por exemplo o que sofreu o grupo Impresa (Sic, Opto, Expresso) no início do ano. O mesmo ocorreu com a Vodafone e o grupo Germano de Sousa na semana passada. De acordo com Hugo Nunes, o “setor das telecomunicações tem sido um dos mais atingidos durante a pandemia, desde os embustes partilhados nas redes sociais sobre o 5G, até aos phishings (mensagens enviadas com o objetivo de ludibriar os destinatários) em que os clientes das operadoras são aliciados com falsas ofertas de gigabytes gratuitos por causa do coronavírus ou concursos para ganhar telemóveis”.
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