A obra da ligação da A3 a Paredes de Coura tem merecido atenção por parte dos candidatos do PSD de Viana do Castelo que, em comunicado, questionaram sobre a possibilidade de atrasos e aumentos nas despesas da obra.
“Infelizmente e de forma incompreensível, detetamos omissões gravíssimas porque, no projeto, se esqueceram de coisas óbvias como, por exemplo, que essa ligação fazia o atravessamento do gasoduto e dos Caminhos de Santiago”, denunciaram os candidatos do PSD, durante a visita que fizeram ao concelho de Paredes de Coura.
“Hoje a obra não está parada, mas está com um ritmo muito lento, e o povo já começa a dizer que lá para 2025 a obra estará concluída, com um aumento do valor da empreitada a poder ultrapassar os 50 por cento, o que é inconcebível”, salientaram ainda.
“Para fixarmos população no interior e nos territórios de baixa densidade, não podemos andar sistematicamente a aplicar medidas paliativas do empreendedorismo, de apoio ao primeiro emprego, temos que ter muito mais que isso. Temos que ter garantias que nestes territórios, não só podemos ter uma vida profissional e social ativa e, sobretudo, em segurança. Isso não se faz com o encerramento de farmácias à noite, nem muito menos com obras que se projetam em cima das eleições, com graves lacunas, que originam atrasos que põem em causa as expectativas para o território”, acusaram os candidatos.
Outro exemplo, apontado pelos deputados, é o portinho de pesca de Vila Praia de Âncora em que o “Governo fez o desassoreamento, com pelo menos dois anos de atraso, e não fez qualquer correção técnica da obra que é necessária, pois sem ela a areia extraída volta a depositar-se tornando praticamente impraticável a entrada e saída das embarcações dos pescadores”.
No seguimento desta denúncia, o presidente da Distrital de Viana do Castelo do PSD, Olegário Gonçalves, exigiu que seja tornado público se existe algum atraso e derrapagem financeira na empreitada da ligação de Paredes de Coura à A3.
“Os nossos candidatos detetaram durante as suas visitas de campanha que podem existir omissões graves que podem pôr em causa o normal desenvolvimento da obra, nomeadamente que o projeto não levou em conta que atravessaria um gasoduto e o histórico Caminho de Santiago. Se assim for o projeto teve de ter alterações e nós exigimos que seja dito claramente aos cidadãos quais foram, o custo que elas terão para o erário público e, também, que atraso vai implicar na conclusão da obra”, pode ler-se no comunicado.
“É inadmissível que um projeto desta envergadura tenha omissões graves porque foi feito à pressa para cumprir promessas eleitorais do PS”. Esta é uma obra esperada “há cerca de 20 anos pelo Alto Minho – e pela população de Paredes de Coura – e agora arrisca-se a prolongar-se no tempo e nos custos. Alguém tem de ser responsabilizado por isto”, salientou, ainda, o presidente da Distrital de Viana do Castelo do PSD.























Comentários sobre o post