“O terço na mão e o diabo no coração”
Diário do Padre Fontes
Escondem-se mais pedras do que se atiram.
Nietzsche lançou uma, e acertou, quando disse que Deus estava morto, ou melhor, que a moralidade do mesmo se desvanecia no ocidente.
E com ela lá se vai escorregando a hegemonia europeia, ela que sempre teve o terço na mão, sobretudo quando escravizou e furtou a identidade de povos e culturas.
Todos querem ir para o céu, mas ninguém quer morrer. Melhor, vários plenos se ajoelham a Cristo, cerram os olhos, rezam para serem ricos.
Dizem que as gerações mais novas carregam o diabo no coração, não respeitam, não se esforçam, não têm fé. Culpam tecnologias, esquerdas, governos e minorias.
Tudo não passa da banalidade do mal, de Hannah Arendt, pois já ninguém sabe como e o que julgar, pouco se pensa, menos se diz.
Será possível que regressamos ao tempo dos medos? Na dúvida, comprem-se os terços em promoção e edição limitada.
Marco Campos
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