O Partido Socialista (PS) de Braga emitiu um comunicado, no qual critica a decisão da Vereadora Catarina Miranda de aceitar um convite da Coligação “Juntos por Braga” para integrar o Executivo Municipal. O partido, que faz parte da Coligação “Somos Braga” | PS e PAN, considera que a atitude representa um “desenquadramento político evidente” e uma “leitura profundamente errada da responsabilidade, do compromisso e do sentido de lealdade” perante os eleitores.
O PS argumenta que, apesar de o mandato autárquico ter natureza individual no plano jurídico, ele assenta numa “representação coletiva” e num “compromisso político assumido perante eleitores”. Ao aceitar o convite externo à força política que a elegeu, a vereadora cometeu um “desvio claro dessa responsabilidade, que não respeita a vontade dos eleitores nem o projeto político” da coligação “Somos Braga”.
O comunicado faz, ainda, questão de sublinhar a relevância política do PS no concelho, que “ficou a cerca de duzentos votos de vencer a Câmara Municipal”, conquistou a maioria das Juntas de Freguesia e tem o maior grupo na Assembleia Municipal.
“Estes resultados confirmam a força política, social e territorial do PS no Concelho e não são diminuídos por decisões individuais que, por razões inomináveis, se afastam do compromisso assumido perante os Bracarenses.”
O partido realça ainda que a presença de elementos do PS no Executivo (referindo-se aos dois elementos do PS que terão aceite o convite) “não altera a realidade essencial destas eleições”.
O Partido Socialista critica ainda o Presidente da Câmara Municipal por nunca ter contactado o PS como força política para discutir um modelo de governação, optando por falar com o primeiro eleito de cada força. O PS afirma ter demonstrado “total abertura e disponibilidade para dialogar, conversar e discutir um eventual modelo de Governação”, que teria de ser validado nos seus órgãos próprios.
Aquela estrutura partidária classifica a abordagem como “argumentação frágil e, até, deselegante do ponto de vista democrático”, e considera que o processo escolhido “consubstancia, clara e obviamente, uma tentativa de diminuir e atacar o PS“.
Apesar dos acontecimentos, o PS garante que continuará a exercer uma “oposição firme, exigente e responsável”, afastando qualquer intenção de ser movido por “sentimento de revanche”. O partido compromete-se a ser “positivo, construtivo e afirmativo”, apresentando propostas que sirvam o concelho de Braga.
O comunicado termina com um aviso à coligação no poder, referindo que quem não procurou uma solução “sólida, estável e duradoura” para a governação “fica, desde já, diminuído para quando (…) confrontado com a frágil maioria relativa com que decidiu Governar, se procurar vitimizar pelas posições e opções, também legítimas, das diferentes forças da oposição.”
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