O PCP anunciou em comunicado, enviado às redações, “que não marcará presença nem participará de nenhuma forma na agendada sessão de celebração do 25 de Novembro de 1975 da Assembleia Municipal de V.N. de Famalicão”.
Aquela estrutura partidária refere ainda que “a marcação desta sessão, sendo uma ação provocatória, não pode ser descontextualizada de movimentações políticas de forças reacionárias e antidemocráticas a nível nacional, com fortes reflexos no nosso concelho, e que como tal só pode ter a rejeição dos trabalhadores, do povo e dos democratas”.
Para o PCP a sessão servirá “para a normalização de ideias e concepções reacionárias no presente e de consolidação institucional de reescrita da história da Revolução de Abril, dos seus valores e conquistas”. Acrescenta ser “uma reescrita que pretende transformar o 25 de novembro em algo que não foi, como a aprovação da constituição de 1976, bem depois do 25 de novembro, demonstra”.
Fiel a Abril; à memória da resistência antifascista e ao processo revolucionário; fiel ao legado de luta do povo português contra os golpes criminosos dos sectores contra-revolucionários e antidemocráticos que nunca aceitaram a derrota que a Revolução de Abril lhes impôs; fiel aos valores da liberdade e democracia – conquistas de Abril – que a Constituição continua, no essencial, a consagrar.
O partido apela os todos “os democratas e patriotas, para que, rejeitando esta operação, se mantenham unidos e firmes na defesa de Abril e dos seus valores”, pode ler-se na mesma nota.
A concluir o PCP diz estar certo de que, “tal como ficou expresso nas extraordinárias e participadas comemorações populares do 50º Aniversário da Revolução, ocorridas em Abril deste ano, é com a Revolução e os seus valores de liberdade e democracia que estão os sentimentos, os anseios e as aspirações da imensa maioria do povo português e que é no cumprimento do seu projecto que reside a chave para a ruptura com a política de direita – de que se alimentam as forças reacionárias e antidemocráticas – e a construção de uma alternativa que assegure um país de progresso e desenvolvido, um Portugal com futuro”, termina.
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