Realizámos na noite de ontem, no dia das Eleições Legislativas, um Programa, entre figuras locais dos principais partidos nacionais, o qual preencheu, nos nossos estúdios, cerca de 3horas e 30 minutos de diálogos, promovendo, aliás, como os presentes concordaram, para o debate ideológico e não só…
O painel de presenças contou com: PSD e CDS (AD), respectivamente, Hugo Mesquita e João Nascimento; PS – Jorge Costa; Chega – Pedro Alves; e CDU – Sílvio Sousa.
Debaixo e sob uma linguagem cordial – apenas interrompida por um ligeiro período, de uns 2 minutos, de intervenções que opuseram os representantes da AD ao do PS – trocaram-se pontos de vista diversos, na defesa de cada projecto político para Portugal. Ecoou o exercício da democracia plural.
Não foi alheia a subida – nada que não estivesse no horizonte das previsões dos portugueses, fora (tão expressivamente) do círculo das sondagens – do Chega, a quem Jorge Costa e Sílvio Sousa mimosearam com algumas palavras mais classificadas, como “extremista e xenófobo”.
Depois do reconhecimento, num tempo inicial, de algum avanço de votos da AD, face ao PS, a leitura dos resultados, para a etapa final, já foi mais cautelosa por parte dos participantes no debate, em razão dos números que foram chegando, perfilando alguma igualdade daquelas formações partidárias.
Se para Jorge Costa o PS representaria estabilidade governativa e seria projecto de futuro, para Hugo Mesquita e João Nascimento os portugueses, uma boa parte, não deram crédito para a continuidade.
Sílvio Sousa não deixou de se mostrar preocupado com os resultados da CDU que perdeu em toda a linha, ficando com apenas uns 4 deputados. Até no Alentejo, seu reduto histórico, o PCP, que é parte dessa coligação com o PEV, não conseguiu boa posição.
Pedro Alves, que não respondeu à letra às provocações dos representantes do PS e da CDU, manifestou a convicção de que o Chega recebeu os votos de uma “legião” de descontentes e de desencantados.
Ficou a pairar no estúdio a ideia de que a expressão atingida pelo Chega não foi mais do que um protesto, consequência do cansaço da política do Poder Central, levada a cabo pelo PS nestes últimos 8 anos.
Enriquecedor foi, sem dúvida, escutar os que, por banda dos partidos mais representativos e de expressão local, se decidiram por participar, anuindo ao convite do nosso Órgão de Comunicação Social, neste debate sobre os resultados eleitorais.
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