A Gare do Oriente, em Lisboa, tornou-se uma residencial dos sem abrigo. Dezenas e dezenas com os seus sacos-cama e mantas dormem ali, todos os santos dias. Nem no tempo da crise havia tanta gente a pernoitar nesse terminal de passageiros, emblemático do nosso País.
Os “bancos”, nas laterais de um dos pisos dessa Gare, estão lotados. Na zona, por baixo de pontes e viadutos, há outras dezenas de pessoas, a viver em tendas. Um cenário que devia envergonhar os políticos e os governantes que estão mais interessados no TGV e noutros negócios.
Este panorama-imagem é o resultado das políticas dos últimos anos. O resto radica-se na propaganda política, governamental e partidária. A habitação social, que deixou de ser preocupação dos governos, dos últimos 20 anos, está no caos e não se resolvem os problemas a centenas – ou milhares ? – de cidadãos que vivem precariamente e em condições desumanas…
O nosso Presidente da República, em 2019, depois de uma volta nocturna por Lisboa, afirmou que, em 2023, uma grande percentagem dos sem-abrigo teria sido absorvida por políticas sociais do Município da Capital e do Estado. Os políticos caíram no pior buraco, o descrédito…
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