Há gente que não merece pisar o chão que calca, diariamente, por indecente e má figura. Brincadeiras estúpidas vão ocorrendo, ainda, nas nossas escolas, protagonizadas por alunos jovens a quem, em casa, não foram incutidas regras e normas básicas de e para viverem em comunidade, socialmente.
Em Famalicão, numa Escola Profissional, 4 alunos – de 19 e 16 e, mais 2, de 15 – tentaram, e da pior maneira possível, violar um colega, outro de 15 anos, que deverá ser da turma.
Tudo terá acontecido a 9 de Novembro. Enquanto 2, seguraram a vítima; um outro, tentou sodomizá-lo com o cabo de uma vassoura, onde foi colocado um preservativo; o 4.o filmou tudo.
A Escola denunciou o caso, depois do pai ter levado a situação ao seio da Direcção. A Polícia Judiciária, por ter sido apresentada queixa, está a investigar.
A Escola suspendeu, por 4 dias, os ditos alunos, actores de tão bizarra cena. O pai do aluno maltratado pede a expulsão dos rapazes mais velhos. Enquanto isso, o agredido entrou em pânico, porque os agressores já voltaram à Escola. Por isso, aquele, já mudou de escola.
O pai indignado veio revelar que “para proteger os agressores” a Escola está a deixar o seu filho “à mercê de quem o tentou violar”. É compreensível, porque, e infelizmente, as vítimas, entre nós, ficam indefesas e são deixadas aos ventos, às chuvas e a toda a espécie de intempéries que lhes perfuraram a dignidade…
A nossa escola, a portuguesa, passa por um período difícil e medíocre. Este e outros casos, fora os que não saltam para as páginas dos jornais, para as ondas da rádio e para as imagens das televisões, emprestam uma péssima imagem a uma fatia de alunos, felizmente poucos, que deveria preocupar pais, docentes, assistentes operacionais e, também, o Ministério da Tutela. E a estatura de interferência do nosso PR onde está? No vão dos silêncios? A Escola não pode ser uma arena de cenas tristes, como esta. Um campo de pancadaria, de sevícias de toda a ordem, um palco de humilhação dos alunos indefesos ou dos que se apresentam desta ou daquela forma…mal encadernados do ponto de vista das vestes; de tiques ou de toques; de fragilidades humanas; de fraquezas de sentimentos; e de este ou daquele trejeito… A Escola tem e deve ser um meio de inclusão…um sítio de educações…um veículo de Cidadanias…uma mola de civismos.
Mal vai o País que tens Escolas que são fossas ou sargetas de alunos que levam, nos bolsos, todo o tipo de indecências. Mal vai o País que não consegue punir alunos que são arruaceiros e primitivos na acção e na presença. Mal vai o País que não sabe apartar alunos que são carroceiros, espalhando maldades e não sabem respeitar tudo e todos, os outros… O Escaparate da Redacção apresenta-se solidário com o jovem agredido e, também, com os seus pais.
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