A freguesia de Lemenhe celebrou, no passado domingo, as festas em honra à Senhora do Carmo, com a habitual peregrinação, que iniciou na igreja Matriz de Lemenhe com destino ao Santuário, numa distância de aproximadamente três quilómetros.
As ruas começaram, desde cedo, a ser adornadas com tapetes, de fores e outros materiais, como pedaços de madeira e pedrinhas.
Este ano, a peregrinação contou com a presença do Arcebispo da Diocese de Braga, D. José Cordeiro, que acompanhou toda a peregrinação e presidiu à Eucaristia que se seguiu.
Na romaria seguiam dois cavalos da GNR, a fanfarra dos escuteiros e vários agrupamentos de Lemenhe e freguesias vizinhas.
Para além das bandeiras das confrarias, seguiam figurados de várias personagens bíblicas: Verónica, Virgem Maria, Santa Luzia, São Bento, entre outros.
Próximos ao andor seguiam o pároco de Lemenhe, Pe. Vítor Sá, que recitava o terço, D. José Cordeiro, Mário Passos, Presidente da Câmara Municipal, acompanhado da esposa, o Presidente da Junta daquela Freguesia.
Eram muitos os fiéis que peregrinavam atrás e várias eram as promessas.
No Santuário a celebração da Eucaristia.
Na homilia, D. José Cordeiro, Arcebispo de Braga começou por contextualizar o evangelho. Nas suas palavras explicou que devemos semear sem esperar nada em troca: “A sementeira não é inútil. A nós toca-nos semear. Jesus contou a parábola do semeador; não contou a parábola do colhedor. A única possibilidade do semeador é de semear por toda a parte, cheio de respeito e paciência. A palavra de Deus não deveria ser sempre eficaz. Na narrativa evangélica atesta-se que, em três partes do terreno, a semente não dá nenhum fruto, mas de uma parte dá fruto em abundância. (…) O terreno bom é descrito por quatro verbos: Ouvir, Compreender, dar fruto e produzir – correspondentes a quatro etapas que permitem à palavra cumprir inteiramente o seu processo”.
Na sua primeira peregrinação em Lemenhe, que se desenrolou pelas ruas, desde a igreja matriz ao Monte de Nossa Senhora do Carmo, o chefe da Diocese relacionou, ainda, a história da Senhora do Carmo, anteriormente denominada como Virgem Santa Maria do Monte Carmelo, com a peregrinação e a contemplação: “No Monte, o lugar da contemplação, do encontro, parece que estamos mais próximos do Céu; estamos entre o Céu e a Terra. A peregrinação é um dos mais antigos exercícios espirituais – o peregrino é aquele que caminha e espera o encontro. Para tal, partir significa perder os pontos de referência, na esperança de ganhar tudo. Neste itinerário espiritual, “como em qualquer aventura, o que importa é partir, não é chegar” – assim escreveu Miguel Torga”
A cerimónia terminou com agradecimentos, por parte da Confraria de Nossa Senhora do Carmo às entidades religiosas e civis, com a oferta de uma imagem da Senhora do Carmo a D. José Cordeiro.
O Padre Vítor Sá, também agradeceu a presença do D. José Cordeiro, que lhe ofereceu, em nome da paróquia, uma imagem de São José.
No final, muitos dos fiéis puderam reunir-se para fazer piqueniques.
À tarde a recitação do terço, seguido de procissão.
As festividades em Honra de Nossa Senhora do Carmo terminaram com a atuação das Bandas de música.
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