A operação designada «Última Edição» levada a cabo pela Polícia Judiciária – Unidade Nacional de Combate à Corrupção – esta quinta-feira, dia 23, visou a execução de trinta e dois mandados de busca, designadamente, oito buscas domiciliárias e vinte e quatro buscas não domiciliárias.
Em comunicado, a PJ adianta que esta ação policial se desenvolveu em Lisboa, Sintra, Cascais, Oeiras, Amadora, Santo Tirso, Porto, Matosinhos e Funchal, procedendo, ainda, ao cumprimento de quatro mandados de detenção fora de flagrante delito e à constituição de dez arguidos.
O objetivo da ação foi a recolha de elementos de prova “complementares e relacionados com suspeitas de atividades criminosas fortemente indiciadoras da prática dos crimes de corrupção passiva, corrupção ativa, insolvência dolosa agravada, burla qualificada e falsificação ou contrafação de documentos”, o comunicado adianta, ainda, que “além das buscas domiciliárias, foram realizadas seis buscas em empresas com atividade no domínio da Comunicação Social, quatro em Sociedades/Gabinetes de Revisores Oficiais de Conta e uma em escritório de Advogado”.
Esta operação contou com a “colaboração de diversas Unidades Nacionais, DLVT, Departamento de Investigação Criminal da Madeira e, ainda, com o apoio pericial da Unidade de Perícia Tecnológica e Informática e da Unidade de Perícia Financeira e Contabilística, da Polícia Judiciária, integrando mais de uma centena de investigadores criminais e peritos, para além de Magistrados Judiciais e do Ministério Público”, pode ler-se.
Em causa está uma investigação criminal cujo objeto visa “um plano criminoso traçado para, entre o mais, ocultar a dissipação de património, através da adulteração de elementos contabilísticos de diversas empresas, em claro prejuízo de diversos credores, (…) os trabalhadores, fornecedores e o Estado, estando reconhecidos créditos num valor total de cerca de (…) cem milhões de euros”, havendo também “forte indiciação do desvio de valores com origem nas estruturas societárias, para fora do território nacional, num montante global que ascenderá a largas dezenas de milhares de euros”, diz o comunicado.
Segundo a PJ, “os detidos serão presentes no Tribunal de Instrução Criminal de Sintra, para realização do primeiro interrogatório judicial de arguidos detidos, visando a aplicação de medidas de coação tidas por adequadas”, conclui.
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