O Partido Socialista que compõe a assembleia da União de Freguesias de Famalicão / Calendário apresentou uma proposta para a desagregação daquela união.
Esta segunda-feira, dia 14, pela 21h00, a assembleia reuniu em sessão extraordinária, com apenas um ponto na ordem de trabalhos.
António Silva, do Partido Socialista iniciou as intervenções apontando “esta União de Freguesias de Famalicão / Calendário foi imposta sem consulta à população nas freguesias de Vila Nova de Famalicão e Calendário (…) tendo-se verificado que houve erro grave ao pretender juntar freguesias com dinâmicas culturais, sociais, empresariais absolutamente distintas, foi errado.”
O Partido Socialista pretende a desagregação sustentando-se na atual Lei, recentemente aprovada, fundamentando que a dimensão populacional, de ambas as freguesias, é perfeitamente viável da sua autonomia, considerou António Silva, líder do PS naquela assembleia.
Estela Veloso, presidente do executivo da U. F. Famalicão / Calendário, tomou a palavra e referiu qual a posição daquele executivo, após ter reunido. A autarca começou por dizer que a salvaguarda dos interesses das populações, fazendo ver que o executivo tem cumprido de aciordo com a Lei da reorganização administrativa em articulação com o município famalicense. “Confirmamos no terreno, ouvindo pessoas, associações, que para os fregueses era indiferente verem os seus problemas resolvidos, quer fosse numa junta de freguesia ou por uma União de Freguesias.” – referiu a presidente, acrescentando que “a população não ficou a perder, nem em termos de prestação de serviços, nem financeiramente”.
Estela Veloso, na sua intervenção, lembrou, também, que ao longo de nove anos, de anexação de freguesias, “nunca ouviu, da parte da População em geral, qualquer desagrado em relação a este assunto”. – Realçou.
A presidente do executivo lembrou, também, que sempre estará atenta às vontades da população, “enquanto titulares de um mandato de confiança em nós depositado”. – sublinhou.
Para a autarca este será um trabalho para cada um, com o máximo de rigor e dignidade para todos os seus concidadãos, sejam estes de Famalicão ou de Calendário, “com o intuito único de fazer deste serviço um ato de missão”.
Ricardo Costa, membro da coligação PSD – CDS-PP garantiu que a Lei será sempre cumprida. Dirigindo-se à assembleia não compreende, e uma vez que as pessoas se manifestam satisfeitas pelo trabalho realizado pela atual U. F., Ricardo Costa não encontra motivo para que aquela União de Freguesias seja desagregada. Lembrou também os serviços que esta União de Freguesias conseguiu, por força da agregação “Espaço Cidadão e o serviço CTT”.
Matilde Cardona, da Coligação PSD / CDS-PP, na sua intervenção, lembrou que as pessoas não podem ser catalogadas: “Na proposta apresentada pelo Partido Socialista referem que as pessoas da freguesia de Vila Nova de Famalicão e passo a citar: não passam de seres urbanos, enquanto na freguesia de Calendário temos os “saudáveis rurais”. Estas pequenas descrições, por vós designadas, relativas à população, quer de uma freguesia, quer de outra, demonstra a falta de conhecimento pelo nosso território e pelas nossa gentes.“
Lembrou, também, que o estudo do Partido Socialista foca-se no Centro Urbano, não tendo em conta a população de: «Santo Adrião, Mões, Talvai», entre outros pontos, que fazem parte, quer de uma ou de outra freguesia.
A proposta foi apresentadas em seis alíneas. O presidente da Assembleia de freguesia leu todas as alíneas e colocou a questão qual a forma de votação. O Partido Socialista aceitou a votação em bloco.
A proposta foi rejeitada pior maioria, com os votos contra dos eleitos da Coligação PSD / CDS-PP e votos a favor dos eleitos do Partido Socialista.
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