Foram várias as forças políticas que visitaram a feira semanal de Famalicão na manhã desta quarta-feira, dia 26 de janeiro. Estiveram presentes as comitivas do CDS-PP, PS, PSD, IL e ainda do BE, que contou com a presença de Catarina Martins. Foi uma manhã de campanha em Famalicão, que uniu várias forças políticas no mesmo local para promover o contacto próximo com a comunidade famalicense.
Jorge Paulo Oliveira apela ao voto com segurança no próximo domingo
O candidato do PSD à Assembleia da República pelo Círculo Eleitoral de Braga, salientou que a receção na feira semanal à comitiva foi muito positiva e que notou nas pessoas um “cansaço generalizado” relativamente à situação política atual do país.
“Tem sido uma boa receção. As pessoas estão muito disponíveis para votar no PSD no próximo dia 30 e têm manifestado precisamente isso. As pessoas sentem que há uma necessidade de mudar o modelo de governação em Portugal e de colocar uma outra força política nos destinos do país”, salientou o deputado.
Relativamente à votação das pessoas que estão confinadas, o deputado lamenta que o Governo não tenha tomado decisões atempadamente, face a uma realidade que era «previsível».
“Isto era mais que previsível, não é novidade que estamos num período pandémico, que tem havido uma evolução significativa do número de pessoas confinadas, e, portanto, era necessário tomar medidas atempadamente. O Governo simplesmente esperou que as coisas se resolvessem por elas e não tomou as medidas atempadamente”, explicou Jorge Paulo Oliveira.
No entanto, apelou ao voto no próximo dia 30 de janeiro, que é, como garantiu, seguro: “Eu percebo as críticas e receio dos eleitores, mas apelo a que votem com segurança. De qualquer das formas acho que é possível votar com segurança, com agilização, distanciamento, uso de máscaras”.
CDS-PP pretende votação expressiva para constituir nova maioria
Areias Carvalho, candidato do CDS-PP pelo Círculo Eleitoral de Braga, relembrou a importância destas iniciativas para “contactar com os cidadãos e mostrar disponibilidade para ouvir”.
Questionado sobre o objetivo do CDS para estas eleições, Areias Carvalho frisou que é «muito claro» e que passa por ter “votação suficientemente expressiva para constituir uma nova maioria” na Assembleia da República.
“Queremos fazer parte da alternativa e para isso temos que ter votação suficiente para ter representação parlamentar, e que com outras forças possamos constituir uma alternativa não-socialista”, explicou o candidato.
Para o futuro, destaca a constituição de “um novo projeto, um novo trajeto, uma nova maioria para dar crescimento, para que as empresas possam trabalhar sem estarem constantemente oprimidas com pressão brutal dos impostos”.
“A mensagem que deixo é que é preciso ir votar. Com todos os cuidados, criando condições de segurança”, acrescentando ainda que as soluções deveriam ter sido agilizadas de forma diferente: “O CDS sobre isto está muito à vontade porque há muito tempo que dizemos quer era preciso que houvesse dois dias e que as votações fossem sábado e domingo, para que com calma as pessoas em situação de isolamento pudessem ir votar sem criar alarme social”.
“Serei um deputado da Nação, para defender o distrito de Braga, mas acima de tudo para defender Famalicão”, garante Eduardo Oliveira
Eduardo Oliveira, candidato pelo PS pelo Círculo Eleitoral de Braga, reforçou a importância destas ações de campanhas no local pela “proximidade às pessoas”, que têm como objetivo simultaneamente partilhar o que é “importante para o futuro do país, distrito e Famalicão”.
No local onde a visita decorreu, Eduardo Oliveira sublinhou a problemática do espaço, que considerou «desumano», pela falta de condições: “Quando chove o que se vê é que se transforma num espaço de lama. Nem os comerciantes conseguem fazer negócio, nem se pode comprar e isso é que é preocupante- resolver os problemas do nosso concelho”.
Questionado sobre as críticas de degradação da rede viária destacou que “todos os famalicenses sabem que durante vários anos foi prometido a execução da obra da N14 e o que é certo, é que o único que avançou com essa obra foi António Costa e o Governo do PS. No Orçamento que foi chumbado vinha a conclusão da variante”.
“Em primeiro lugar é importante que as pessoas vão votar no dia 30. E depois decidir sobre um partido que apoia a parte social, a saúde, a educação, aquilo que é público, e que não está preocupado em privatizar aquilo que é nosso. Isso é que as pessoas têm que perceber. Votar no Partido Socialista é apostar nas pessoas ou no PSD que está preocupado em privatizar o que é público”, contrapôs o candidato.
Por fim, assegurou que será um deputado que não vai esquecer Famalicão: “Serei um deputado da Nação, para defender o distrito de Braga, mas acima de tudo para defender Famalicão. Serei responsável por resolver os problemas das instituições, associações do concelho de Vila Nova de Famalicão”.
Comitiva do BE contou com a presença da Coordenadora Nacional Catarina Martins
Em linha com os restantes candidatos, José Maria Cardoso, candidato pelo BE pelo Círculo Eleitoral de Braga, entende que este tipo de ações de campanha são a melhor forma para contactar com as pessoas e perceber quais os problemas a resolver: “É desta forma que entendemos que deve ser feita uma campanha, no contacto direto com as pessoas, neste caso em Famalicão, mas também como tem sido noutras localidades do distrito”.
Das visitas realizadas, José Maria Cardoso salientou que as queixas partilhadas pela comunidade são variadas. Passam pelos problemas económicos, situações profissionais e carreiras, alguns exemplos de défices que têm de ser discutidos e para os quais o partido apresenta propostas. “O BE cria essas respostas, quer apresentá-las, quer discutir com as populações tudo aquilo que tem a apresentar em cada um dos casos e dessa forma contribuir para a melhoria da qualidade de vida dos portugueses”, sublinhou.
Garantiu ainda que “não há uma solução mágica”, no entanto, o BE tem “propostas de intervenção política para diferentes casos e situações”. “Queremos contribuir para ir resolvendo cada uma dessas situações”, finalizou.
A Coordenadora do BE, Catarina Martins, começou também o dia na feira de Famalicão, apostando no contacto com a população. No final, em declarações aos jornalistas, começou por falar sobre a disponibilidade para vir a integrar o Governo, respondendo que “quem vota é quem decide”. Garantiu ainda que o “BE está pronto, disponível e determinado a assumir todas as responsabilidades”.
“Mas como sabem são os votos que decidem e nós temos uma enorme humildade quando vimos a eleições. Há já uma coisa que se percebeu, que o PS fez uma birra para tentar uma maioria absoluta, mas que esse cenário está afastado. O que estamos a decidir nestas eleições é que contrato teremos para o país no dia seguinte”, referiu Catarina Martins.
Sobre os acordos pós-eleitorais, em específico relativamente ao PS, questionada sobre se considerava que o partido de António Costa estava a ser claro, a Coordenadora insistiu que já todos sabem que “vai ser preciso um entendimento no dia a seguir às eleições para construir soluções”.
“É verdade que o PS não tem clareza e, portanto, será nas urnas, com o voto do povo, que haverá essa clareza e o voto no BE será o voto que garante um contrato à esquerda pelo país”, apelou Catarina Martins.
Acusou ainda o presidente do PSD, Rui Rio, de estar “a esconder o seu programa”. “Rui Rio quer nivelar por baixo os salários, que o mínimo não suba para que os médios não percebam como estão mal. Mas as contas não baixam. As pessoas sabem em Portugal que os salários médios não chegam e têm de subir e Rui Rio não o fará”, alertou.
Outra crítica da líder do BE vai para a proposta de “colocar as pensões nas seguradoras”, considerando que “o problema em Portugal não é perder uma pequena parte das pensões, é que as pensões são pequenas demais e, portanto, precisamos de puxar por elas”.
“O programa de Rui Rio explica-se muito rapidamente. Rui Rio sabe é que não há uma maioria popular em Portugal que vote num programa que ataca as pensões, os salários, o acesso à saúde ou acesso à escola e é por isso que prefere falar do gato, mas as eleições merecem respeito pelos eleitores e no BE cá estamos para dizer ao que vimos e vimos para defender quem trabalhou toda uma vida”, rematou.
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