Sondagem feita pelo Centro de Estudos e Sondagens de Opinião da Universidade Católica revela que a predisposição dos portugueses para tomar a vacina está a diminuir.
“Quando chegar a sua vez de ser vacinado, como vai reagir?”. Esta é uma das perguntas presente na sondagem da Universidade Católica (CESOP), que decorreu de 4 a 11 de dezembro, reunindo um total de 1315 pessoas. Através da questão foi possível constatar que 8% dos portugueses não vão querer ser vacinados e 24% declararam que procurarão adiar algum tempo ou mesmo muito tempo a sua vez. Por outro lado, 64% mostraram-se disponíveis para receber a vacina assim que forem chamados.
Numa altura em que as vacinas se encontram perto de serem administradas, os portugueses mostram falta de recetividade. Enquanto os resultados do CESOP em abril mostram que 67% dos inquiridos consideravam o vírus muito perigoso para a saúde de cada um em particular, agora desceu para os 53%.
Desta forma, são mais portugueses que se mostram disponíveis para encaixar o novo coronavírus na categoria do “pouco perigoso”: se em Abril, apenas 8% dos portugueses o consideravam pouco perigoso para si próprios, agora a proporção subiu para os 15%. E o mesmo se pode dizer quanto à avaliação da perigosidade para a população em geral: se em Abril, apenas 1% se atreveu a classificá-lo como “pouco perigoso” para os outros, agora são já 4% os que o alegam.
A atuação das autoridades portugueses também foi questionada. Os médicos surgem claramente apontados como o grupo profissional cuja atuação foi mais bem avaliada: 97% dos inquiridos acharam que foi razoável (7%), boa (25%) ou mesmo muito boa (65%). De seguida surge Marcelo Rebelo de Sousa, cuja atuação 91% dos inquiridos classificaram como razoável (34%), boa (42%) ou muito boa (15%). Em relação ao primeiro-ministro, este não passou dos 86% (divididos entre os 45% que classificaram a respetiva atuação como razoável, os 33% que a pontuaram como boa e os 8% como muito boa). Ainda assim, António Costa surge com mais popularidade do que a Direcção-Geral da Saúde (DGS) e a ministra da Saúde, Marta Temido. No inquérito de abril, os profissionais de saúde não estavam incluídos. No entanto, todos os grupos vieram perdendo pontos na avaliação que vai sendo feita pelos portugueses.
Maioria mostra-se a favor do estado de emergência
Neste ponto, os portugueses mostraram-se mais consensuais. 85% revelam concordar com o estado de emergência vigente e apenas 13% não concordam com as medidas restritivas. 2% não sabe ou não responde.
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