As primeiras Jornadas Autárquicas do PSD de Famalicão decorreram este sábado, dia 12, na Casa de Esmeriz. É uma iniciativa inédita no concelho, que visa o fortalecimento do poder local, nomeadamente através da formação e capacitação dos quadros autárquicos.
Esta primeira edição, que pretende continuar com caráter anual, reuniu os autarcas eleitos pela Coligação PSD/CDS-PP ou com o apoio desta, nomeadamente Presidentes de Junta, Presidentes das Assembleias de Freguesia e os membros eleitos da Assembleia Municipal e da Câmara Municipal.
A reorganização territorial das Freguesias foi um dos assuntos que mais se destacou nestas jornadas. “A coligação Mais Ação/ Mais Famalicão tem uma posição muito clara e acrescenta a essa posição o seguinte: nós somos favoráveis de que deve ser o sentimento das populações em cada freguesia, a prevalecer sobre qual a atitude que se deve tomar”, começou por explicar Fernando Costa, Presidente Comissão Política do PSD.
“Sendo assim, deixamos bem claro aos participantes e aqueles que representam as Juntas de Freguesias que devem saber sentir o que é que as suas populações pensam sobre essas uniões”, salientou.
Partilhou, ainda, que defende a mesma opinião de estudos independentes já feitos, em que, na sua maioria, apresentam índices de que as União de Freguesias funcionam bem e que a escala dessas foi muito favorável ao desenvolvimento: “Acho que existiram muitas freguesias em Famalicão com união, tiveram condições para ter acesso a serviços que sem essa união não teriam”.
“De qualquer forma, a nossa posição vai novamente ao início do assunto. Devem ser as populações a decidir o que é que devem querer fazer em relação à possibilidade de poderem voltar a ser freguesias pelo seu próprio e não como união”, defendeu.
Ricardo Mendes, Presidente da Concelhia do CDS-PP, afirmou que “em tese, é sempre mais vantajoso, pelo menos, num mundo atual, existir escala, do que cada um se cifrar no seu pequeno mundo”. Neste caso concreto, dependerá muito da avaliação. “Nós sabemos que existem feridas abertas e que existiram algumas dificuldades nesta junção”, complementou.
“A figura de freguesia existe. A agregação foi feita na sua gestão”, relembrou o dirigente, completando que “o sentimento que existiu e, aliás, comprovado com vários estudos, é que essa gestão ganhou eficácia e porventura trouxe vantagens para as suas populações”.
Outro tema que Fernando Costa destacou com maior preocupação foi o da guerra na Ucrânia: “Estamos todos preocupados, em saber até que ponto as autarquias vão ficar mais debilitadas com uma perspetiva de aumentos de custos tremendos dos bens de consumo primários, e também em termos de solidariedade – o que todos nós podemos fazer neste momento mais difícil para com o povo ucraniano”.
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