O BINNAR teve o seu encerramento no Mosteiro de Arnoso Santa Eulália, Famalicão, no final da tarde de ontem. O espaço estava lotado de admiradores, de diversos lugares do país.
O BINNAR é um festival realizado na nossa cidade, que une música, performance, fotografia, teatro, vídeo, escultura e imagem.
“Este BINNAR já existe há vários anos, sempre em Arnoso Santa Eulália, que é uma das freguesias contempladas, e nós, como junta de freguesia, fazemos sempre questão de estar incluídos na programação da plataforma BINNAR que é sempre bom e ajuda muito a trazer cultura e promover o nosso mosteiro. E este ano o encerramento aconteceu na nossa terra”, afirma Pedro Araújo, representante daquela União de freguesias.
Adolfo Luxúria Canibal e Marta Abreu uniram-se para apresentar o seu projeto, “Goela Hiante”, onde ligam a poesia negra e soturna, servida com música minimal, criada através de teclados, aplicações de i-pad e sintetizador.
“Isto surgiu na pandemia, no primeiro confinamento, em que toda a gente inventava coisas para passar o tempo, e nós inventamos esta para comunicar, também, com os nossos conhecidos, através das redes sociais. Começamos a fazer uns pequenos clipes, gravamos com o telemóvel, em casa, com o que tínhamos à mão: na altura os livros e a música era feita essencialmente com aplicações i-pad. (…) As pessoas gostaram muito, começaram-nos a pedir mais, começaram-nos a pedir para entrarmos, ainda no tempo da pandemia, em festivais online. Tivemos que começar a aprender a gravar em simultâneo”, afirma o responsável pela leitura dos poemas.
Segundo aquela dupla, a escolha do Mosteiro superou as expectativas: “Muito bonito, o local. Adorei estar aqui, o ambiente estava muito bonito (…). Gostei muito de vir aqui. Acho o local muito interessante para fazerem este tipo de coisas” – refere Marta Abreu. Adolfo admite que “também estava com grandes espectativas e, de facto é acolhedor, tem este som mais ressonante, quase divino, de maneira que é muito agradável trazer a poesia para um local destes”.
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