A NATO já pediu às Forças Armadas portuguesas para que aumentem o estado de alerta por causa da escalada de tensão na fronteira da Rússia com a Ucrânia. Esta crise revela-se também uma questão delicada do ponto de vista político pelo facto de Portugal estar atualmente em processo eleitoral. No entanto, António Costa já revelou à Renascença, esta semana, estar “muito, muito preocupado” porque “pode haver um conflito militar”.
Avança o Expresso que, segundo apurou junto de fontes que acompanham este processo, embora “não tenha havido um pedido de meios específicos, a Marinha e a Força Aérea estão a acelerar o aprontamento de meios como submarinos, fragatas, caças F-16 e, eventualmente, aviões de transporte C-295”.
A Espanha também já se está a preparar. Já avançou pelo menos com uma fragata e um navio patrulha para o Mediterrâneo, e está a considerar o envio de caças para a Bulgária, fez saber a Aliança Atlântica no início desta semana, revela também o Expresso. Também a Dinamarca, está a preparar meios: deve ter uma fragata no Mar Báltico e quatro caças F-16 na Lituânia para apoiar a missão de policiamento aéreo de longa data na região. Os Países Baixos estão a prever enviar dois caças F-35 para policiamento aéreo na Bulgária, a partir de abril e a colocar um navio e unidades terrestres em alerta. A França “manifestou a sua disponibilidade para enviar tropas para a Roménia sob o comando da Aliança Atlântica”.
De acordo com o mesmo meio de comunicação, no caso dos militares portugueses, os ramos deram ordens para acelerar a preparação de meios, “mesmo daqueles que estavam em manutenção ou a preparar-se para entrar em manutenção, para a operacionalidade estar garantida tão depressa quanto possível”.
António Costa revelou, na referida entrevista à Renascença, que já tinha falado com Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia sobre o assunto, e explicou que “quaisquer decisões que tomemos terão impacto na elação a Leste, mas também em África, onde Portugal tem muitos interesses, e nos países onde temos forças, como na RCA ou no Mali”.
Esta semana, depois de uma reunião do topo da diplomacia da NATO, Augusto Santos Silva, ministro dos Negócios Estrangeiros, disse que, “qualquer agressão contra a Ucrânia, qualquer violação por parte da Rússia da soberania e da integridade territorial da Ucrânia terá uma consequência pesada que motivará uma resposta. No caso da UE, uma resposta muito pesada em termos políticos e económicos. Estamos preparados para essa resposta caso ela seja necessária”.
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